![Guerrilha protesta contra presidente por paralisar negociações](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/PL6OPHV2IJNYJPFVP4CRTFNFOE.jpg?auth=864f6c20adeddb08f431199a0c295651cc184ef9cb87b7650d7d822f7dd087f9&width=760&height=486)
O início da "greve armada" organizada pela guerrilha colombiana ELN (Exército de Libertação Nacional) provocou a indignação do presidente colombiano Juan Manuel Santos que, em declaração no Departamento de Arauca, neste sábado (10), elevou o tom. Ele disse que dificilmente o governo terá condições de reabrir as negociações de paz com o grupo.
— Mais uma vez, o ELN toma uma atitude de total incoerência, após dizer que quer que busquemos a paz, mas se contradiz nos fatos... Enquanto não houver tal coerência por parte do ELN não será possível reabilitar os diálogos.
O presidente se referiu ao ataque organizado pelo grupo, neste sábado, em protesto à paralisação dos diálogos determinada no último dia 30 de janeiro pelo governo.
O ELN realizou explosões que danificaram uma ponte e uma estrada no departamento de Cesar (Norte). Não houve vítimas, dentro desta ação que deu início à tal greve armada. O ELN informou que a ação começaria às 6h deste sábado e se estenderá até as 6h da próxima terça-feira (13).
A greve foi anunciada na última quarta-feira (7) pela guerrilha, como uma forma de protesto contra a interrupção das conversações, ocorrida após uma série de ataques com explosivos, atribuídos pelo governo à ELN, matarem policiais no fim de janeiro último.
Uma nota da guerrilha informou que a opção pela greve obedece "à continuidade do terrorismo de Estado e do aumento da perseguição aos dirigentes populares e à judicialização dos protestos sociais; como também à negativa do governo para dar continuidade ao Quinto Ciclo de conversas em Quito".
Cessar-fogo de rebeldes do ELN chega ao fim na Colômbia
O presidente colombiano destacou o fato de a guerrilha não conseguir ir além de ações terroristas. Ele garante que tais iniciativas já estão sendo neutralizadas pelo Estado.
— O ELN não tem a capacidade de realizar atos militares, só pode cometer atos terroristas e essas ações apenas afetam a população civil. (...) O ataque armado é promovido para gerar medo e a melhor maneira de enfrentá-lo é precisamente não ceder ao medo, se a população atua normalmente, essa greve fracassará.