Presidente do Peru volta de carro do Equador para evitar impeachment
Pedro Castillo corria o risco de infringir a Constituição se não retornasse ao país antes da meia-noite de sexta-feira (29)
Internacional|Do R7
![Castillo evitou ser cassado pelo Congresso](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/GIMAADSAAFOKBALR7XRVFGPOJ4.jpg?auth=1b006e2a960211e7d1c5db6626f4c3dac4afd37e8d85ae0ac149b237b9b4a5aa&width=1024&height=682)
O presidente do Peru, Pedro Castillo, teve que voltar de carro às pressas para seu país depois de uma viagem ao Equador para evitar ser cassado pelo Congresso, pois o mau tempo o impediu de viajar de avião.
Em um país onde os presidentes são frequentemente removidos do cargo, Castillo arriscava infringir a Constituição se não retornasse ao Peru antes da meia-noite de sexta-feira.
Estava perto da hora de expirar a permissão dada pelo Parlamento ao presidente esquerdista para que ele visitasse seu vizinho no Equador, onde chefiou um gabinete binacional com seu homólogo Guillermo Lasso na cidade de Loja, a 264 km da fronteira peruana por estrada.
Exceder o prazo teria dado aos opositores, que controlam o Legislativo, um pretexto para proceder à destituição de Castillo, já que a Carta Magna peruana não contempla exceções por causas meteorológicas.
Como o avião presidencial não pôde decolar devido ao mau tempo, Castillo teve que fazer uma viagem de carro de cinco horas para chegar à fronteira peruana a tempo.
Uma hora antes do fim do prazo, Castillo chegou ao posto fronteiriço de Tumbes, segundo a mídia local, o que o liberou de enfrentar uma nova moção de "vacância presidencial" (destituição), a terceira em seus nove meses no poder.
As moções de "vacância" se tornaram habituais no Peru e causaram a queda dos presidentes Pedro Pablo Kuczynski (de direita), em 2018, e Martín Vízcarra (de centro), em 2020, o que aumenta a instabilidade no país.
Desde dezembro de 2017, os parlamentares peruanos apresentaram seis moções de vacância ao Congresso, duas delas contra Castillo.