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Refugiados afegãos serão despejados de hotéis para aliviar custos no Reino Unido

Autoridade britânica disse que acomodação de famílias nunca foi solução permanente e que gastos estavam muito altos

Internacional|Larissa Crippa*, do R7


Milhares de cidadãos do Afeganistão fugiram do país depois que Talibã assumiu o controle
Milhares de cidadãos do Afeganistão fugiram do país depois que Talibã assumiu o controle

Cerca de 9.000 refugiados afegãos serão removido dos hotéis no qual estavam abrigados, no Reino Unido, nas próximos semanas. O governo britânico anunciou, nesta terça-feira (28), que as famílias receberão um aviso prévio de 3 meses antes do despejo, e que terão suporte para recomeçar.

Segundo o portal britânico Daily Mail, os refugiados terão que aceitar a residência que os for oferecida, e quem não quiser participar do movimento será declarado como sem-abrigo.

De acordo com o Ministro de Estado, Johnny Mercer, a estadia em hotéis nunca foi apresentada como uma solução final, e que além de estar custando quase R$ 6 milhões por dia, a acomodação pode até atrapalhar o processo dos estrangeiros no país.

"A residência de longo prazo em hotéis impediu alguns afegãos de criar raízes adequadamente, comprometer-se com o emprego, integrar-se às comunidades e reconstruir suas vidas no Reino Unido a longo prazo”, disse aos parlamentares.

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Além disso, o ministro prometeu apoio "significativo" ao grupo vulnerável e disse que milhares de dólares serão direcionados para o novo projeto.

Os afegãos foram recebidos no Reino Unido sob a Política de Relocação e Assistência Afegã, criada para afegãos que trabalharam para ou com Londres no Afeganistão, sob a promessa de retribuição pelos serviços. 

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Mercer ainda mencionou que existe o compromisso de honrar os aliados, que os apoiaram correndo grande risco pessoal. "A dívida que temos com eles é uma dívida de nossa nação como um todo. Também precisamos apoiar aquelas pessoas que trouxemos para o Reino Unido como verdadeiros refugiados fugindo da perseguição”, acrescentou.

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Porém, outros políticos presentes na assembléia expressaram insatisfação com as ideias de Jhonny. "Não importa as palavras calorosas do ministro hoje. Ele está mandando avisos de despejo para 8.000 afegãos, metade dos quais são crianças, sem nenhuma garantia de que receberão um lugar adequado e estável para morar", afirmou o parlamentar John Healey.

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Enver Solomon, executivo-chefe do Conselho de Refugiados, completou: "Estamos profundamente preocupados com muitos elementos desses planos, em particular o risco de que eles possam levar as pessoas que fugiram do Talibã no Afeganistão a ficarem desabrigadas e desamparadas nas ruas da Grã-Bretanha."

A autoridade ainda disse que o fato de que milhares de afegãos foram esquecidos em hotéis por meses é uma consequência da má administração do governo. Ele ressalta o fracasso da instituição, que não colaborou com os conselhos locais e outras agências, para encontrar acomodações adequadas quando deveria.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Lucas Ferreira

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