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Salários melhores e trabalho remoto: Canadá entra em greve por mudanças trabalhistas 

Governo não conseguiu entrar em acordo com sindicato e grevistas se concentram em, pelo menos, 150 pontos do país 

Internacional|

Último antecedente de um movimento dessa magnitude no país data de 1991
Último antecedente de um movimento dessa magnitude no país data de 1991 Último antecedente de um movimento dessa magnitude no país data de 1991

Um terço do funcionalismo público canadenses entrou em greve, nesta quarta-feira (19), para reivindicar reajuste salarial e mais trabalho remoto, em um dos mais importantes movimentos sociais das últimas décadas no país.

Depois de meses de negociações com o governo do primeiro-ministro Justin Trudeau, a AFPC (Aliança da Função Pública do Canadá) anunciou que não se chegou a um acordo e que a greve foi iniciada com pelo menos 150 pontos de concentração de trabalhadores em todo o país.

“Queremos o teletrabalho e um aumento salarial”, afirmou a servidora pública Farah, que trabalha em Montreal. Ele não quis dar seu sobrenome. “Adaptamos praticamente toda a nossa vida ao trabalho remoto. Não queremos mais perder duas horas no transporte”, acrescentou.

O protesto atinge, principalmente, os serviços de entrega de passaporte, imigração e Receita, mas também uma parte dos inspetores de grãos nos portos.

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“Esperávamos não sermos obrigados a entrar em greve, mas esgotamos todos os mecanismos para chegar a um contrato justo”, argumentou o presidente da AFPC, Chris Aylwar.

"Continuaremos em greve até que o governo aborde nossas principais pautas na mesa de negociações", acrescentou, destacando que se trata de uma "greve histórica". O último antecedente de um movimento dessa magnitude no país data de 1991.

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A AFPC exige um aumento salarial de 13,5% em três anos para aliviar a inflação. O governo propõe 9%. A inflação chegou a 8,1% no ano passado no Canadá, e hoje está em torno de metade desse percentual.

O sindicato pede, em particular, maior flexibilidade para o trabalho remoto. Os funcionários, que trabalham remotamente em período integral desde a pandemia da covid-19, não querem ser forçados a trabalhar dois, ou três, dias por semana no escritório.

"É importante que os sindicatos voltem à mesa de negociações", disse Trudeau na quarta-feira. Embora tenha reiterado seu apoio ao direito de greve, o primeiro-ministro afirmou que "os canadenses vão perder a paciência, se o processo se arrastar".

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