Lavrov está na China e vai à Coreia do Norte
PAVEL BEDNYAKOV/POOL/AFP - 12.10.2023O chefe da diplomacia da Rússia, Sergei Lavrov, considerado o homem de confiança do presidente Vladimir Putin, visita a Coreia do Norte na próxima quarta-feira (18). Hoje, em viagem oficial à China, o braço direito de Putin confirmou a ida até o território da ditadura de Kim Jong-un, conforme comunicado do Ministério de Relações Exteriores da Rússia divulgado nesta segunda-feira (16).
"Entre os dias 18 e 19 de outubro, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, realizará uma visita oficial à República Democrática da Coreia" por convite de seu homólogo norte-coreano, diz a nota oficial.
A visita ocorre pouco mais de um mês depois de uma viagem à Rússia do líder norte-coreano Kim Jong-un, que se reuniu com o presidente Vladimir Putin, no Cosmódromo Vostochni, no extremo oriente do país.
Na ocasião, os dois presidentes defenderam o fortalecimento das relações bilaterais. Putin disse, na época, que via "perspectivas" de cooperação militar com Pyongyang, em meio à invasão de suas tropas à Ucrânia.
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Conforme o Kremlin, o presidente russo também aceitou um convite do ditador para visitar a Coreia do Norte.
O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, voou para Pequim nesta segunda-feira e manteve conversas com seu homólogo na China. Lavrov agradeceu pelo fato de que Putin, que deverá chegar à capital chinesa nas próximas horas, seja o "convidado principal" de uma cúpula internacional que tem como principal tema o conflito entre Israel e o Hamas.
O chanceler chinês, Wang Yi, disse que o país "aprecia" o apoio da Rússia ao encontro. "Ambas as partes devem planejar atividades comemorativas, aprofundar a confiança mútua estratégica, consolidar a amizade tradicional e promover a amizade de geração em geração", disse.
O comércio entre China e Rússia disparou neste ano a níveis históricos desde o começo da invasão da Ucrânia por Moscou, com importações chinesas de petróleo russo que oferecem um colchão econômico ao regime de Putin diante das sanções internacionais.
A China se negou, até agora, a condenar a guerra da Ucrânia em um esforço por se posicionar como parte neutra, mas oferece a Moscou um apoio diplomático e financeiro essencial.