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Síria utiliza reabertura de fronteiras como mensagem de vitória

Israel e Jordânia reabriram trechos da divisa, demonstrando que, para os países, o conflito na nação vizinha também afeta a logística militar de ambos

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Nações Unidas retomam monitoramento da região
Nações Unidas retomam monitoramento da região Nações Unidas retomam monitoramento da região

A reabertura de trechos das fronteiras da Síria com a Jordânia e com Israel, definida já no domingo (14), é uma mensagem do governo local, com a intenção de mostrar que a guerra síria está praticamente encerrada.

A afirmação do governador de Quneitra (uma das fronteiras reabertas), Hammam Dbayat, à agência Sana, é representativa da atual posição do governo sírio.

"A abertura oficial da passagem de Quneitra ocorreu na segunda-feira (15), depois da grande vitória do Exército Árabe Sírio contra o terrorismo e da limpeza das organizações terroristas que fecharam a travessia por cerca de cinco anos, forçando a retirada da Undof (Força das Nações Unidas de Observação da Separação) na área do Golã sírio ocupado."

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Israel e Jordânia permitiram a reabertura, numa demonstração que, para os países, o sangrento conflito na nação vizinha também afeta a logística militar de ambos.

Os combates entre forças sírias e vários grupos rebeldes, iniciados em março de 2011 e que já deixaram mais de 500 mil mortos, por mais que não ultrapassem o território sírio, têm sido monitorados de perto pelos governos.

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A situação é vista por eles como um peso, pois os faz remanejar forças militares, as mantendo em permanente estado de alerta.

Fronteira Síria-Jordânia

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O trecho reaberto com a Jordânia é a travessia de Nasseb, que estava sob controle dos rebeldes desde 2015.

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O governo sírio comemorou a reabertura, por considerar o trecho uma importante rota comercial entre os países e um ponto de saída de produtos também para outros países do Golfo Pérsico.

Os combates entre forças sírias e vários grupos rebeldes, por mais que não ultrapassassem o território sírio, eram monitorados de perto pelos governos, que viam a situação como um peso, mantendo forças em permanente estado de alerta.

Houve momentos, em agosto, em que refugiados tiveram de ser retirados da Síria, em busca da sobrevivência. Membros do Exército de Israel os transportaram até a Jordânia.

E devido a uma diminuição do número de vítimas e feridos, a Operação Boa Vizinhança, criada pelo Exército israelense para dar ajuda humanitária aos sírios na fronteira, foi desmantelada há duas semanas.

Passagem da Síria a Israel

A passagem de fronteira entre Síria e Israel, em Quneitra, havia sido fechada há quatro anos. O goveno sírio recuperou a cidade em julho, após sete anos de controle dos rebeldes.

Com isso, os capacetes azuis, que tiveram de deixar o local em agosto pôde voltar à região, assim como a polícia militar russa.

A Síria terá de arcar com a responsabilidade de dar condições tenha autonomia para patrulhar a região das Colinas de Golã, que é disputada por Israel (com controle de boa parte) e Síria, desde 1967, com o fim da Guerra dos Seis Dias.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saudou a abertura destes trechos fronteiriços.

De qualquer maneira, a atual embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, destacou a importância de manter a tranqulidade nesta área delicada.

"Embora este seja um passo importante, todos os lados devem respeitar o Acordo de 1974 e manter quaisquer forças militares que não sejam forças de paz da ONU para fora da área."

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