"Todos os países irão respeitar mais os EUA", diz Trump sobre futuro governo
Coletiva com presidente eleito foi dominada por questões sobre a Rússia
Internacional|Do R7, com agências internacionais

Depois de ter um início de ano tumultuado por boatos de que o governo russo teria informações comprometedoras sobre seu passado, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, faz uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (11).
— Todos os países irão respeitar mais os EUA, muito mais do que na administração anterior.
Trump também disse que agências de inteligência dos EUA podem ter vazado um dossiê com o que ele chamou de "notícias falsas" sobre como a Rússia tentou influenciar suas ações, e afirmou que as alegações são mentirosas.
— Não tenho ligações ou negócios com a Rússia, nem empréstimos. (...) É uma desgraça que agências de inteligência tenham permitido o vazamento informações falsas.
O republicano atacou dois veículos de comunicação por divulgarem alegações não confirmadas a respeito de seus laços com Moscou, mas elogiou outros repórteres por não repetirem a notícia.
"Acho que é uma desgraça que informação seja lançada", disse Trump a cerca de 250 repórteres reunidos no lobby de seu escritório em Nova York.
O dossiê, que surgiu na noite de terça-feira (10), foi noticiado inicialmente pela CNN. O BuzzFeed depois publicou elementos detalhados.
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Em uma grave mudança de tom, o presidente eleito afirmou ainda que os russos podem estar por trás dos ataques cibernéticos contra o governo no ano passado.
— Eu acho que foi a Rússia, mas eu acho que não podemos focar em um país só porque tivemos muitas invasões de hackers de várias partes do mundo.
Segundo o magnata, "o comitê democrata estava aberto para ser invadido e o sistema deles é muito ruim. Eles tentaram sim entrar e invadir os computadores dos republicanos, mas não conseguiram, e temos que fazer isso pelo país".
O pronunciamento foi organizado um dia após o último discurso público de Barack Obama como presidente dos EUA. Na ocasião, Obama não só exaltou seus feitos como líder do país, como também aproveitou a oportunidade para alfinetar o futuro presidente, Donald Trump.
Trump, que toma possa em 20 de janeiro, propôs o banimento temporário da entrada de muçulmanos no país, a construção de um muro na fronteira com o México, a suspensão de um acordo global para enfrentar as mudanças climáticas e o desmantelamento do programa de saúde pública do governo Obama.
Obama deixou clara sua oposição a essas posições durante discursos de campanha para a candidata democrata derrotada por Trump na eleição de 2016, Hillary Clinton, mas tem adotado um tom mais conciliatório com Trump desde a vitória do republicano.
Acompanhe a transmissão ao vivo da coletiva de Trump em NY: