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Trio acusado de assassinar casal e jogar os corpos para crocodilos é julgado na África do Sul

Crime aconteceu em 2018 e investigações mostram que os envolvidos teriam vínculo com o grupo terrorista Estado Islâmico

Internacional|Maria Cunha*, do R7


Rod Saunders e a esposa dele, Rachel, foram espancados até a morte
Rod Saunders e a esposa dele, Rachel, foram espancados até a morte

Os sul-africanos Sayfudeen Aslam Del Vecchio, de 41 anos, a esposa dele, Bibi Fatima Patel, de 30 anos, e o malawiano Mussa Ahmed Jackson, de 35 anos, estão sendo julgados pela Suprema Corte em Durban, na África do Sul, após serem acusados de roubo e assassinato.

O trio, supostamente vinculado ao Estado Islâmico, seria responsável por espancar, em 2018, um casal britânico até a morte e jogar os corpos deles aos crocodilos. Os criminosos ainda teriam gastado 37 mil libras esterlinas (cerca de R$ 230 mil) com os cartões de crédito das vítimas.

Os botânicos de renome mundial Rod Saunders, de 74 anos, e a esposa dele, Rachel, de 63 anos, foram considerados "uma boa caçada" enquanto vasculhavam uma região montanhosa na África do Sul em busca de sementes raras para negócios.

De acordo com informações do tabloide britânico Daily Mail, os suspeitos espancaram o casal com um instrumento contundente e, em seguida, colocaram os corpos em sacos de dormir e os jogaram de uma ponte sobre um rio cheio de crocodilos.

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Em seguida, os cartões de crédito das vítimas foram usados em caixas eletrônicos e em uma série de lojas.

O carro em que as vítimas estavam foi recuperado dias depois com uma grande quantidade de sangue na área de carga. Mais tarde o automóvel foi confirmado como pertencente a Rachel Saunders, ouviu o tribunal.

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Os corpos decompostos e comidos pelos crocodilos foram encontrados no rio Tugela, na floresta Ngoye, perto de Eshowe, mas não puderam ser identificados e foram levados para necrotérios locais.

Um médico confirmou à Justiça que a autópsia mostrou que as vítimas morreram de trauma contuso, quando não há perfuração da pele, e mostrou evidências de "atividade de necrófagos", animais que se alimentam de cadáveres.

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"Os danos aos corpos sugerem que algo pode ter se alimentado deles. Por exemplo, um crocodilo, por causa do tecido perdido nos braços, pescoço e peito. Uma vez que os corpos foram empurrados para as margens, cães e ratos poderiam ter se alimentado deles", disse o especialista. 

Os botânicos, que eram casados havia 30 anos, foram vistos pela última vez por uma equipe de um documentário da BBC, que os filmou para um episódio do programa Gardener's World (Mundo dos Jardineiros, em tradução livre). 

Eles foram entrevistados pelo apresentador Nick Bailey, e uma selfie tirada por ele, e postada no Twitter, e uma foto feita pelo produtor Robin Matthews foram os últimos registros do casal com vida.

Após as filmagens, eles deixaram a equipe da TV britânica e se dirigiram para a Floresta Ngoye, onde foram seguidos, sequestrados e brutalmente assassinados.

Uma busca policial em grande escala já estava em andamento depois que todo o contato com o casal foi perdido. Apenas meses depois, quando testes de DNA foram solicitados em todos os corpos não reclamados em necrotérios, eles foram encontrados.

Os suspeitos negam ter cometido sequestro, assassinato, roubo e furto. O julgamento continua.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques

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