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Universidade concede diploma a brasileira morta na Nicarágua

Reitor concede título à brasileira Raynéia Gabrielle Lima, morta na última segunda-feira e diz que não acredita em versão da polícia para o caso

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Diploma de Medicina foi concedido à brasileira Raynéia Lima
Diploma de Medicina foi concedido à brasileira Raynéia Lima Diploma de Medicina foi concedido à brasileira Raynéia Lima

Morta poucos meses antes de concluir a residência e o curso de Medicina, a brasileira Raynéia Gabrielle Lima foi declarada oficialmente uma médica e cirurgiã. A UAM (Universidade Americana de Manágua), onde ela estudava na Nicarágua, concedeu postumamente o diploma de conclusão do curso em uma cerimônia na noite de quinta-feira (26).

"Fizemos essa entrega porque ela cumpriu todos os requisitos, merecia o título. Raynéia era uma excelente aluna e seria uma excelente médica. Pelo menos sua família terá o diploma", disse o reitor da UAM, Ernesto Medina, em entrevista ao R7.

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O diploma foi entregue a uma representante da embaixada brasileira em Manágua e deverá ser entregue à família quando o caixão chegar ao Brasil, o que pode ocorrer nos próximos dias. 

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Versão contestada

O reitor afirmou que não soube da prisão de um suspeito de ser o assassino de Raynéia, anunciada pela polícia nesta sexta-feira (27). Mas, de antemão, disse que não confia na versão oficial do governo para o crime, de que o atirador seria um vigia particular.

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"Não tenho como confiar em nada que diz a Polícia Nacional, duvido muito que tenha sido apenas um guarda. O que eu ouvi de pessoas que estavam na cena do crime é que foi mesmo um paramilitar. Acho um erro confiar no que diz a polícia", ressaltou.

No dia seguinte ao crime, Medina foi quem veio a público dizer que um grupo que ocupava uma outra universidade, próxima ao bairro onde Raynéia vivia, foi responsável pelo crime.

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"Gostaria que a investigação fosse feita por uma comissão independente, com profissionais sem laços com o governo", declarou o reitor. "Nesses meses de violência, temos inúmeros casos de mortos e desaparecidos nas mãos da polícia e dos paramilitares e nenhum membro desses grupos está sequer sendo processado. Ao mesmo tempo, centenas de opositores estão sendo acusados de crimes absurdos."

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