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Venezuela suspende contagem de votos em reduto chavista

Justiça diz que Freddy Superlano não pode exercer cargo público, enquanto oposição afirma que ação busca favorecer governo

Internacional|

Moradores de Barinas protestam contra ação da Justiça venezuelana
Moradores de Barinas protestam contra ação da Justiça venezuelana Moradores de Barinas protestam contra ação da Justiça venezuelana

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela determinou nesta segunda-feira (29) a suspensão da contagem de votos em Barinas, único estado sem resultados após as eleições regionais de 21 de novembro, nas quais a oposição declara vitória contra um irmão do ex-presidente Hugo Chávez.

A máxima corte determinou ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) "a suspensão imediata dos procedimentos e/ou processos vinculados à totalização (apuração), adjudicação e proclamação do CNE em relação aos candidatos ao cargo de Governador ou Governadora do estado de Barinas [...] até quando se decida o assunto a fundo", indica a sentença.

O documento, publicado no site do tribunal na internet, acusado pela oposição de favorecer o governo, diz também que o candidato opositor Freddy Superlano, sobre quem pesam "procedimentos e averiguações administrativas e penais", "se encontra inabilitado ao exercício de qualquer cargo público".

A decisão, que não esclarece qual será o destino desse governo, vem a público depois que o CNE comunicou, no domingo (28), a designação de uma "comissão ad hoc" para "totalizar as atas que faltam do cargo de governador no estado de Barinas".

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Superlano disputou o cargo com Argenis Chávez, candidato do governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) e atual governador. Argenis é o irmão mais velho do falecido presidente Hugo Chávez

Barinas, berço de Hugo Chávez, e desde 1998 dominado por familiares, é o único estado que ainda precisa definir o governador após as eleições regionais de 21 de novembro.

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O PSUV elegeu 19 dos 23 governadores, enquanto os principais partidos da oposição voltaram à disputa após anos de boicote e denúncias de "fraude". A volta da oposição foi marcada por divisões, e em poucos casos conseguiu candidaturas unitárias.

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A oposição tinha se negado a participar das eleições de 2018, nas quais o presidente Nicolás Maduro foi reeleito, e das de 2020, nas quais o chavismo recuperou o controle do Parlamento.

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Familiares de Chávez se elegeram ao governo dessa região de 970 mil habitantes desde a chegada dele ao poder. Ali fica Sabaneta, cidade natal do ex-presidente, com 28 mil habitantes.

A corrente começou com o pai do ex-mandatário, Hugo de los Reyes Chávez, governador de 1998 a 2008; seguiu com o irmão Adán, atual embaixador da Venezuela em Cuba, entre 2006 e 2016; e continuou com Argenis, que está no cargo desde 2017.

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