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União Europeia cita irregularidades em eleições venezuelanas

Observadores admitiram melhora no pleito do país, mas apontam uso da máquina pública para promoção de candidatos do governo

Internacional|Do R7

Isabel Santos lamentou o assassinato de um eleitor durante o pleito venezuelano
Isabel Santos lamentou o assassinato de um eleitor durante o pleito venezuelano Isabel Santos lamentou o assassinato de um eleitor durante o pleito venezuelano

A Missão de Observação da União Europeia na Venezuela identificou irregularidades nas eleições de domingo (21) para governadores e prefeitos, apesar das "melhores condições" em relação às votações anteriores, afirmou nesta terça-feira (23) a chefe do grupo, a portuguesa Isabel Santos. 

Embora “o quadro eleitoral venezuelano cumpra a maior parte dos padrões internacionais básicos, nossa missão conseguiu verificar a falta de independência judicial, o não cumprimento do Estado de Direito e constatou que algumas leis afetaram a igualdade de condições, o equilíbrio e a transparência das eleições”, declarou ela em entrevista coletiva.

O governante PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) conquistou a maioria dos cargos nas eleições, que marcaram o retorno dos principais partidos de oposição.

Os opositores boicotaram o pleito de 2018, que reelegeu o presidente Nicolás Maduro, e o de 2020, quando o chavismo recuperou o controle do Parlamento. Eles os denunciaram, então, como processos "fraudulentos".

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Apesar das "melhores condições" que levaram ao retorno da maior parte da oposição e à nomeação de novas autoridades eleitorais, a campanha "foi marcada pela ampla utilização de recursos do Estado" para apoiar os candidatos, sem que houvesse "sanções por violações", afirmou Santos. 

Também "houve desqualificações arbitrárias de candidatos [...] e suspensão ou retirada de símbolos e cartões eleitorais de membros de alguns partidos", acrescentou.

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A representante da União Europeia se referiu, assim, a decisões judiciais que entregaram os partidos mais fortes da oposição a adversários de Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela por 50 países, mas que não conseguiu destituir Maduro. 

Santos disse ainda que observadores da União Europeia verificaram a instalação de postos de controle ilegais, chamados de "pontos vermelhos", pelo partido no poder nas proximidades dos centros de votação. 

A observadora lamentou a morte de um eleitor em um centro de votação, em um evento que as autoridades venezuelanas classificaram de "isolado".

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