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Asfalto afunda na mesma rua onde cratera se abriu há 35 anos em Sete Lagoas (MG) 

Situação deixou moradores e comerciantes da região apreensivos com o risco de desabamentos

Minas Gerais|Natália Jael, da Record TV Minas


Imagens mostram abertura para inspecionar solo afundado e cratera que abriu há 35 anos
Imagens mostram abertura para inspecionar solo afundado e cratera que abriu há 35 anos

Moradores e comerciantes do bairro Santa Luzia, em Sete Lagoas, a 78 km de Belo Horizonte, vivem um novo medo após o asfalto de uma das ruas ceder e causar trincas nas paredes das casas da região. O temor se justifica, já que a mesma rua foi palco de uma cratera há 35 anos e agora todos temem que o problema se repita. 

No último domingo (2), o asfalto da rua Nestor Noscófolo, no bairro Santa Luzia, começou a ceder e o muro da lateral de um estabelecimento rachou. No início da semana, a prefeitura começou uma intervenção e abriu o buraco para tentar descobrir o que aconteceu. Uma moradora da região está sofrendo prejuízos com a cratera ao lado de sua loja.

“Está prejudicando o meu comércio porque com as ruas obstruídas acaba atrapalhando o acesso à loja”, relata a comerciante Alessandra Malaquias.

Quem mora há mais tempo na região já vivenciou uma situação bem semelhante, em 1988, quando o asfalto da rua também cedeu e uma cratera abriu no local. Na época, 100 famílias foram retiradas.

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"Nós tivemos que sair de casa por um mês. A gente ficou com medo porque a cratera era muito grande”, contou a moradora Nilda Francisca dos Santos.

Sem um estudo apurado sobre o que aconteceu no local, o buraco ficou aberto por quase quatro anos, até ser tampado com um uso de pedras e terra.

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Segundo o secretário municipal de obras, Antônio Garcia Maciel, já foram registrados em Sete Lagoas vários incidentes como o de 1988. Em alguns casos, estudos apontaram o tipo de formação geológica da região como a causa dos afundamentos.

“Nós estamos em uma área cárstica [tipo de relevo que forma cavernas] que abre algumas fendas que vem até o solo e vai afundando. E agora começou alguns tremores na cidade que contribuem para as fendas abrirem ainda mais”, explica o secretário.

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Agora, um buraco de dois metros de profundidade deve ser aberto para investigar os fatores que levaram o asfalto a ceder.

“Nós estamos fazendo a escavação pra ver se achamos alguma fissura que venha até a externa aqui no solo. Não achando essa fissura, nós vamos contratar um estudo geológico, para fazer um estudo mais apurado e técnico e ver qual a profundidade, que possivelmente tem alguma caverna que está levando o material do solo para o subsolo”, conta Antônio Garcia.

Em nota, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais informou que após estudos técnicos verificou-se que se trata de abatimento de solo, no mesmo local que aconteceu há 35 anos.

O MPMG ressaltou que acompanha de perto a investigação e as providências que serão tomadas.

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