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CPI ouve terceirizados da Vale sobre problemas na barragem que rompeu

Depois de ouvir funcionários e executivos da mineradora, comissão quer saber de terceirizados se havia sinais de que barragem poderia se romper

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Rompimento deixou 270 vítimas entre mortos identificados e desaparecidos
Rompimento deixou 270 vítimas entre mortos identificados e desaparecidos Rompimento deixou 270 vítimas entre mortos identificados e desaparecidos

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) de Brumadinho na Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebe nesta segunda-feira (15) funcionários de empresas terceirizadas da Vale que trabalhavam na barragem 1 da mina Córrego do Feijão, que se rompeu em 25 de janeiro deste ano.

Até o momento, a Polícia Civil identificou corpos de 248 pessoas e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais procura por 22 pessoas desaparecidas

Depois de ouvir executivos e funcionários da Vale, além de autoridades de órgãos públicos, os deputados que integram a CPI de Brumadinho querem saber de funcionários das terceirizadas se eles sabiam de eventuais anomalias na barragem que poderiam justificar o rompimento ocorrido em janeiro. 

Além disso, a comissão também quer saber se os funcionários das terceirizadas e familiares dos empregados mortos estão recebendo tratamento médico e assistencial por parte da Vale.

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Para isso, cinco representantes de três empresas foram convocados a comparecer à sessão do colegiado nesta segunda: Antônio França Filho e Romero Xavier trabalhavam na Reframax; Laís Antonelli é geóloga da Fugro In Situ Geotenica; e Ruy Thales Baillot e Marcelo dos Santos são, respectivamente, vice-presidente e Diretor de Operações da Alphageos Tecnologia Aplicada. 

Por diversas reuniões, integrantes da CPI acusaram funcionários da Vale de estarem blindando a empresa e fazendo "jogo de empurra" para se poupar de eventuais consequências. Isso também foi criticado nas CPIs da Câmara de Deputados e do Senado. 

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Leia mais: Presidente da CPI de Brumadinho critica "jogo de empurra" da Vale

“Parece que estamos realizando CPI para apurar fato que não aconteceu", criticou o relator da CPI, deputado André Quintão (PT) após sessão em 23 de maio que ouviu executivos da empresa.

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Na mesma ocasião, a deputada Beatriz Cerqueira (PT) que também integra o colegiado criticou o fato de os executivos da Vale estarem recebendo salários pagos pela empresa mesmo afastados de suas atividades. 

— Só as remunerações poderiam explicar as razões de tanta blindagem em relação à Vale. 

Para o deputado federal Júlio Delgado, isso faz parte de uma estratégia. 

— Existe um jogo deles de empurra, para jogar responsabilidade para instâncias inferiores. O sentimento que temos é de 'espírito de corpo'. Os depoimentos sempre jogam para um inferior que teria dado aval para o laudo técnico. Esse joga para a (empresa de consultoria alemã) Tüv Süd, que diz que não tem conhecimento.

Terceirizadas

A empresa Alphageos foi responsável por realizar uma intervenção para instalar drenos horizontais para retirar água da barragem. A operação foi interrompida em função de vazamentos. A Fugro In Situ Geotecnia foi contratada para fazer análise do solo na barragem e a Reframax fazia manutenção e obras na mina. 

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