Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Delegado é condenado por cobrar propina de R$ 50 mil

O policial está preso desde março de 2016 na capital mineira

Minas Gerais|Maria Clara Prates, Do R7


Delegado Machado está preso há dois anos e meio
Delegado Machado está preso há dois anos e meio

O delegado Erasmo Kennedy Carvalho Machado, que ocupou a delegacia de Homicídios de Pouse Alegre, no Sul de Minas, foi condenado ontem a oito anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, por corrupção passiva. Além da pena privativa de liberdade, Machado também foi punido com a perda da função pública e a imediata suspensão do pagamento dos salários.

Machado está preso na Casa de Custódia da Polícia Civil, na capital mineira, desde março de 2016, quando foi flagrando recebendo R$ 50 mil de advogados de uma mulher suspeita de assassinato. Além do delegado, foram condenados também o inspetor Abel Caetano Filho e os investigadores André Luiz Pereira da Silva, Ricardo Teobaldo e José Celso de Araújo Júnior. Além de penas privativas de liberdade, também perderam a função de servidor público.

De acordo com o processo, o flagrante ao delegado foi preparado por orientação do Ministério Público depois que os advogados Marcos Freire e Gleydson Lopes, denunciou a tentativa de extorsão. Os advogados, que são de Itajubá, cidade a 79 quilômetros de Pouso Alegre, estavam na cidade para tratar da investigação de um homicídio que ocorreu em fevereiro.

Leia mais notícias no R7


Na delegacia, os advogados foram levados para uma sala reservado, onde os policiais passaram a fazer insinuações do tipo: “a gente pode aliviar para o seu cliente ou pode prejudicá-lo. Então nós gostaríamos de saber como é que vocês trabalham, como que vocês podem nos ajudar.”

Simulando terem aceitado a proposta, no dia acertado para o pagamento dos R$ 50 mil exigidos pelos policiais, os advogados filmaram a entrega do dinheiro que foi entregue ao delegado Machado que estavam acompanhado do inspetor Abel. O restante o grupo foi preso dois dias depois.

O advogado Valdomiro Vieira, que defende o delegado, disse ontem que vai recorrer da sentença junto ao Tribunal de Justiça de Minas por meio de um embargo declaratório e também com um mandado de segurança para impedir o pagamento do salário. Segundo Vieira, Machado nega a acusação e diz que foi incitado pelo advogado a aceitar os valores.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.