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Deputada é barrada em aeroporto por negar inspeção de bagagem

Bagagem de mão de Alê Silva (PSL) acusou presença de objeto proibido, mas ela não autorizou vistoria e foi chamada pela PF 

Minas Gerais|João Lages, da RecordTV Minas

Deputada foi barrada dentro do avião
Deputada foi barrada dentro do avião Deputada foi barrada dentro do avião

A deputada federal Alê Silva (PSL-MG) precisou ser retirada na manhã desta terça-feira (25), pela Polícia Federal, de dentro de um avião no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, por se recusar a passar por inspeção de bagagem.

De acordo com a BHAirport, a concessionária que administra o aeroporto, durante o processo de inspeção da bagagem de mão da passageira, foi identificado um item proibido para entrada na Área Restrita de Segurança e na própria aeronave. Com isso, seria necessário o encaminhamento para a inspeção física da bagagem. A empresa não detalhou que tipo de objeto foi encontrado durante a vistoria no equipamento de raio-X. A deputada informou que se tratava de uma "tesouro cor de rosa infantil".

A deputada Alê Silva não teria concordado com a vistoria e segui para a área de embarque antes que o procedimento fosse concluído. Neste momento, a Polícia Federal foi acionada para intervir. 

A parlamentar se encaminhou para a aeronave, que iria para Brasília, mesmo sendo alertada pela companhia aérea de que não estava autorizada a embarcar. Quando estava dentro do avião, ela foi chamada pela Polícia Federal e foi levada novamente até o local de inspeção. Dessa vez, o objeto foi retirado da bagagem e ela foi liberada. 

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Procurada pela reportagem, a deputada Alê Silva disse que foi informada pela atendente de que se tratava de uma "revista aleatória" e que, no momento em que a funcionária colocou a mão na sua mala, teria dito que "mala de miliciana e genocida tem que ser revistada com cuidado.”

"A deputada após esses dizeres se calou, fechou a mala e foi em direção ao portão de embarque", disse a assessoria da parlamentar, em nota.

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Alê Silva também acusou policiais federais de truculência no momento em que a retiraram da aeronave e disse ter procurado a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para "medidas cabíveis".

Confira a nota, na íntegra:

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A Deputada Federal Alê Silva estava na manhã de hoje, 25 de maio, no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, para voar com destino a Brasília.

No detector de metais, uma atendente que trabalha em uma empresa que presta serviço ao aeroporto disse que iria abrir a mala da deputada. A atendente disse que isso era uma “revista aleatória”.

A Deputada abriu a mala, sendo a atendente colocar a mão sobre a mesma e disse: “Mala de miliciana e genocida tem que ser revistada com cuidado”. A deputada após esses dizeres se calou, fechou a mala e foi em direção ao portão de embarque.

Após o embarque, a deputada realizou uma ligação para o seu chefe de gabinete, para que entrasse em contato, como de fato tentou, com a Delegacia da Polícia Federal do Aeroporto de Confins para dizer do ocorrido e também para falar que estava tudo bem com ela e que já estava dentro da aeronave, mas que não deixaria a atendente revistar a sua mala sem a presença de policiais. Porém, apesar das tentativas, a PF não atendeu ao telefone.

Neste meio tempo, dois policiais federais adentraram na aeronave e com muita truculência fizeram a deputada descer do avião e levar a mala até o local de revista.

Depois de revistada, foi encontrada uma tesoura cor de rosa infantil. No momento a Deputada achou que o artefato fosse de sua filha, mas depois de indagada a adolescente, essa disse que não, sendo que a Deputada então desconhece como que a tesoura foi parar lá.

Tendo em vista dos fatos, já estão sendo providenciadas as medidas cabíveis junto a ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil) que tem responsabilidade objetiva e solidária em relação à funcionária da empresa terceirizada. Ademais, a notificação oficial junto à empresa será também realizada sobre o fato ocorrido.

Ainda, uma ação será ajuizada na corregedoria da Polícia Federal, tendo em vista que foi tentado contato via telefone no aeroporto com a negativa de atendimento e resposta. Destaca-se também o modo de abordagem, que foi mediante truculência e abuso de poder, por parte dos policiais ao constranger a deputada.

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