'Ele ficou desnorteado', diz advogada de homem suspeito de atropelar a esposa em BH
Segundo parentes e amigos, o casal não tinha problemas no relacionamento, e ele não teria motivos para matar a mulher
Minas Gerais|Priscilla de Paula, da Record TV Minas
![Caminhoneiro fugiu sem prestar socorro](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/53AKVYLCY5M7LKRLJAQDR7DJYY.jpg?auth=887ef586c3a0b55022fdf58dad3f027cda67d629d2a98dafbfb49e1a9501129c&width=1500&height=1125)
A advogada de defesa do caminhoneiro preso sob a suspeita de ter atropelado e matado a própria esposa alega que o atropelamento foi um acidente. A Polícia Civil realizou uma entrevista coletiva sobre o caso nesta terça-feira (7).
O incidente aconteceu na última quinta-feira (2), no Anel Rodoviário, no bairro Olhos D´Água, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Jaqueline Miranda Evangelista Ferreira, de 39 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O homem que conduzia o caminhão era o marido da vítima, David de Castro Ferreira, que fugiu sem prestar socorro. Em imagens divulgadas pela Polícia Civil, é possível ver que o veículo reduz a velocidade após o atropelamento, mas depois disso, vai embora.
A mulher estava junto com a filha do casal, de apenas 6 anos. A menina não ficou ferida e foi amparada por um frentista que viu toda a cena. O motorista alega que não viu a criança.
Segundo a advogada de David, Kely Cardoso, ele chegou a entrar em contato com a família de Jaqueline para dizer que o atropelamento foi um acidente. "Ele ficou desnorteado, já pensou ver a pessoa que você ama debaixo do caminhão, nem a família dela é contra ele", relatou Kelly.
Segundo parentes e amigos, Jaqueline e David não tinham problemas no relacionamento, e ele não teria motivos para matar a mulher.
De acordo com a advogada do caminhoneiro, Jaqueline tinha o hábito de interceptar o caminhão e, em outra ocasião, ela teria entrado na frente do veículo. David foi preso em casa, em Contagem, na Grande BH. A defesa do caminhoneiro disse que ele já queria ter se entregado antes, mas estava muito abalado.
David se entregou, prestou depoimento e em seguida foi levado para a cadeia. A Polícia Civil ainda vai ouvir outras pessoas e realizar exames periciais para concluir o que aconteceu. A advogada de defesa diz que entregou o celular de David à polícia e que vai pedir a revogação da prisão temporária dele.