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Em 4 dias, ao menos 6 cidades de MG registram motins em presídios

Mobilizações estariam relacionadas à paralisação dos agentes penais, que planejam uma nova manifestação nesta quarta (9)

Minas Gerais|Dara Russo*, do R7 com RecordTV Minas

Mobilizações estariam relacionadas à paralisação dos agentes penais
Mobilizações estariam relacionadas à paralisação dos agentes penais Mobilizações estariam relacionadas à paralisação dos agentes penais

Nos últimos quatro dias, detentos realizaram ao menos seis motins em presídios ao redor do estado de Minas Gerais. Os motivos para as mobilizações estariam relacionados às consequências da paralisação dos agentes penais.

Desde a última quinta-feira (5), foram registradas rebeliões em Belo Horizonte, Betim, Coronel Fabriciano, Juiz de Fora, Montes Claros e Nova Lima.

Na capital mineira, um motim aconteceu na madrugada desta terça-feira (8), no Ceresp Gameleira, localizado na região oeste. Os presos atearam fogo em colchões e os arremessaram nos corredores das galerias. Os detentos alegam que que tem faltado água e alimentação na unidade e também dizem sofrer agressões no local.

Segundo a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais), o motim foi rapidamente controlado pelos policiais penais. Nenhum dos envolvidos precisou de atendimento médico e a unidade não sofreu com danos estruturais.

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A secretaria ainda informou que as denúncias de alimentação não procedem, uma vez que são servidas quatro refeições ao dia. Em relação à falta de água, o órgão diz se tratar de um caso isolado, devido a uma manutenção realizada pela Copasa. Por fim, em relação às reclamações de agressões, o Sejusp diz não ter recebido nenhuma denúncia.

Já na região metropolitana de Belo Horizonte, presídios de Betim e Nova Lima também registraram motins. A rebelião em Nova Lima, que aconteceu nesta segunda (7), terminou com dois presos feridos e dezenas transferidos. O motivo seria a redução das visitas e dos banhos de sol, causadas pela paralisação dos agentes penais.

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No interior do estado, na Penitenciária Professor Ariosvaldo Campos Pires, que fica em Juiz de Fora, na Zona da Mata, os detentos colocaram fogo nos colchões. O motim começou após a proibição de visitas no local, anunciada na última sexta-feira (5). Além disso, em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, cinco detentos ficaram feridos em uma tentativa de motim realizada na última quinta-feira (4).

No presídio regional de Montes Claros, detentos queimaram colchões nas celas. A reclamação é a mesma de outras unidades onde houve motins: a greve dos agentes penais, que estaria tornando a situação dos presos ainda pior. Na busca por informações, familiares dos detentos fizeram uma manifestação.

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Greve dos agentes penais

No dia 22 de fevereiro, servidores da segurança de Minas Gerais se manifestaram e anunciaram uma greve pela revisão salarial. Dois dias depois, no dia 24, a a Justiça exigiu o fim imediato da greve dos policais penais. A decisão foi toamada pela desembargadora Maria das Graças Silva Albergaria dos Santos Costa, do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), após a suspensão do banho de sol, das visitas, dos atendimentos jurídicos e da entrega de correspondências nos presídios.

Mesmo após diversas tentativas de negoiciação com o governo do estado, a categoria prevê uma nova paralisação para esta quarta-feira (9).

*Estagiária sob supervisão de Pablo Nascimento

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