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Justiça autoriza empresas a colocar ônibus 'mais velhos' nas ruas de BH

Veículos com até 12 anos de fabricação poderão ser integrados à frota do transporte público de passageiros da capital mineira

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Contrato prevê que ônibus com até 10 anos sejam recolhidos, mas TJ ampliou prazo
Contrato prevê que ônibus com até 10 anos sejam recolhidos, mas TJ ampliou prazo Contrato prevê que ônibus com até 10 anos sejam recolhidos, mas TJ ampliou prazo

Em audiência de conciliação realizada nesta quarta-feira (20), o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) autorizou que as empresas de ônibus que operam o transporte público de passageiros em Belo Horizonte, possam colocar nas ruas os ônibus com até 12 anos de fabricação. O contrato firmado entre as concessionárias e a BHTrans prevê que os veículos sejam recolhidos quando completam 10 anos de vida útil. 

O acordo teve a participação do TJMG e do Ministério Público e dicou determinado que as empresas apresentem, em até 60 dias, um plano de renovação da frota para os próximos meses. Caso isso não seja feito, elas podem ser condenadas a pagar uma multa de R$ 10 milhões. 

A Justiça também determinou que as empresas coloquem os ônibus "mais velhos" em circulação em até 24 horas. 

Para a Prefeitura de Belo Horizonte, a medida é boa, para que mais veículos sejam colocados na rua para atender aos usuários. 

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Entenda o caso

As empresas de ônibus que gerenciam o serviço de transporte público de passageiros em Belo Horizonte entraram na Justiça para deixarem de realizar a substituição de parte da frota que atingiu a idade máxima de uso.

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As concessionárias alegam que a pandemia de covid-19, a redução no número de passageiros e até a falta de peças e insumos para substituição dos veículos afetaram o transporte público na capital mineira. E, por isso, as empresas querem ficar desobrigadas de cumprir uma cláusula do contrato.

Pelo contrato, as empresas são obrigadas a substituir os veículos com mais de 10 anos de uso. Quando a data é completada, o sistema da BHTrans dá a baixa nos ônibus e alertam as empresas de que eles não poderão mais ser utilizados.

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Na ação, os Consórcios BHLeste, Dez, Dom Pedro II e Pampulha, que venceram a licitação de 2008, argumentam que o cenário de crise econômica provocada pela pandemia de covid-19 dificulta o investimento em veículos novos.

Outra justificativa apresentada pelas concessionárias é que, em anos anteriores, a BHTrans permitiu que essa norma, prevista em contrato, fosse descumprida. No entanto, a empresa - cuja cúpula de gestão foi trocada no início do ano - recusou um novo pedido feito pelas empresas.

As empresas também justificaram o pedido com a dificuldade de conseguirem peças e insumos necessários para a fabricação dos veículos - que faz parte de uma crise global, segundo as concessionárias. 

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