Minas Gerais foi, em 2021, o Estado que teve o maior número de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão. Durante o ano, dos 1.937 resgates, 768 foram registrados no Estado.
Os dados do Ministério do Trabalho e Previdência levam em conta tanto trabalho rural quanto trabalho urbano. O segundo lugar do ranking ficou com o Estado de Goiás (304). São Paulo aparece em seguida, com 147 registros.
O maior grupo em condições análogas à escravidão foi encontrado em João Pinheiro, a 380 km de Belo Horizonte, e Coromandel, a 477 km da capital, com 130 trabalhadores resgatados, sendo 116 na produção de alho e 14 em duas carvoarias.
Nesta sexta-feira (28) comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Conforme o Código Penal, as condições que caracterizam o trabalho análogo ao escravo são condição degradante, jornada exaustiva, servidão por dívida e trabalho forçado. Entre elas, as duas primeiras foram as mais frequentes entre os casos registrados em Minas.
“No entanto, infelizmente, ainda são localizados casos de servidão por dívida e trabalho forçado", explica o representante da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo em Minas Gerais e procurador do trabalho, Mateus Biondi.