Minas registra aumento de casos de dengue e chikungunya e acende alerta para ações de prevenção
Doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti; cuidados simples podem conter o avanço de casos
Minas Gerais|Regiane Moreira, da Record TV Minas
Minas Gerais já registrou mais de 25 mil casos de dengue e nove mortes pela doença no Estado. Já em relação à Chikungunya, houve mais de 7 mil confirmações de casos e quatro mortes são investigadas. Os dados são da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) e servem de alerta para as autoridades e a população, uma vez que a tendência é de aumento de casos por causa do calor e das chuvas.
As duas doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em pequenas poças e se espalha rapidamente, sendo necessário uma atenção redobrada a esses espaços. Além disso, a dengue necessita de um combate em conjunto entre poder público e cada cidadão. No dia-a-dia, confira se a caixa d’agua está fechada corretamente; mantenha tonéis, barris ou tanques que possam armazenar líquidos tampados; coloque areia até a borda nos pratinhos de plantas e mantenha as garrafas sempre com a boca para baixo.
Os sintomas da dengue e da chikungunya podem durar por anos. No caso da chikungunya, a coordenadora da Vigilância Estadual das Arboviroses da SES-MG, Danielle Capistrano, diz que a doença pode ter três quadros. "A chikungunya pode trazer um quadro agudo, pós-agudo e crônico. O quadro agudo, que vai durar cerca de 14 dias, o pós-agudo, que vai durar até três meses, e os casos crônicos, que podem durar anos até que a pessoa possa se curar", afirma.
Maria das Graças Alves e Edvaldo Resende foram acometidos com dengue e chikungunya e, quase dois meses depois, ainda não conseguem viver normalmente. "São 54 dias já. São dores terríveis. Infelizmente, eu e meu marido fomos acometidos com dengue e chikungunya e o que está prejudicando são as dores musculares. No meu caso, eu não estava ficando nem em pé mais", conta.
O casal mora no bairro Tijuco, em Contagem, na Grande BH. A cidade enfrenta uma epidemia das duas doenças e a região do bairro é cercada por uma mata. Edvaldo foi infectado com chikungunya há 50 dias e ainda não conseguiu retomar a rotina.