Ministério Público de Minas Gerais resgata centenas de documentos históricos em Brasília (DF)
Negociante possuía documentos históricos referentes à exploração de ouro em MG da segunda metade do século XVIII
Minas Gerais|Do R7
![Documentos serão devolvidos](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/73Y5VRDNARNNXPWBMCSF4XMSJA.jpg?auth=46d65f12551f970d22488bd938fff344168d63c7a0928f2ba739d9709521531e&width=1500&height=753)
O Ministério Público de Minas Gerais recuperou centenas de documentos históricos em Brasília (DF) durante operação realizada na manhã desta quarta-feira (28). Os documentos, caracterizados como bens culturais não podem ser livremente comercializados.
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A investigação começou após a Coordenadoria do Patrimônio Cultural do MPMG receber informações de que um negociante de artes e antiguidades de Brasília estaria na posse de diversos documentos, dentre eles, alvarás, decretos e regimentos referentes à exploração de ouro em Minas Gerais na segunda metade do século XVIII.
Com isso, deu-se início à uma investigação que apontou fortes indícios de que alguns dos documentos poderiam ter sido ilicitamente subtraídos de arquivos e outras instituições localizadas em solo mineiro.
O material foi apreendido e será periciado. Quando comprovada a autenticidade e identificada a origem, os documentos serão devolvidos aos arquivos e instituições de origem. Acredita que alguns documentos tenham sido tirados do acervo do Arquivo Público Mineiro, sediado em Belo Horizonte/MG.
Foram identificados alvarás, decretos, e regimentos impressos com ordens e regulamentações da coroa portuguesa e endereçados às autoridades da colônia, principalmente governadores das capitanias.
O promotor de Justiça Marcelo Azevedo Maffra, coordenador da CPPC, considera apreensão “uma das importantes de todos os tempos para o patrimônio arquivístico brasileiro, seja pela quantidade ou pela relevância do material apreendido”.
O negociante pode responder pelos crimes de receptação qualificada e deterioração de bem cultural especialmente protegido.
Os trabalhos foram coordenados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e das Polícias Militares de MG e DF.