Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

MPF pede suspensão de licença para mineração na Serra do Curral

Órgão pede pausa no processo até que seja definido se há necessidade de participação da Prefeitura de BH no licenciamento

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Conselho aprovou complexo na Serra do Curral
Conselho aprovou complexo na Serra do Curral Conselho aprovou complexo na Serra do Curral

O MPF (Ministério Público Federal) deu parecer favorável à suspensão da licença concedida à Tamisa Mineração para atuação na Serra do Curral, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.

No documento, o procurador Carlos Bruno Ferreira da Silva defendeu a decisão até que fique definido se a Prefeitura de Belo Horizonte deve fazer parte do processo de licenciamento, já que a área fica em espaço limítrofe à capital mineira.

"A grande massa populacional de Belo Horizonte, portanto, possui íntima relação com a região minerada de modo que, ao menos em relação aos impactos a serem suportados pelo seres humanos, como a poluição do ar, poluição sonora, além dos impactos paisagísticos, razoável se afirmar que a população de Belo Horizonte será, se não a mais afetada, no mínimo tão afetada quanto a população nova-limense", destacou o procurador.

Nesta terça-feira (2), a Prefeitura de BH acionou a Justiça Federal pedindo a suspensão da licença liberada pelo Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental) no último sábado (30). O TRF deu o prazo de 10 dias para o Governo Estadual e a Tamisa Mineração se manifestarem sobre a atuação na área verde.

Publicidade

Na ação, a prefeitura alega seis pontos:

1) Risco geológico de erosão do Pico Belo Horizonte, bem tombado nas esferas municipal e federal;

Publicidade

2) Risco à segurança hídrica da capital, considerando que o empreendimento interfere na Adutora do Taquaril, responsável pelo transporte de 70% da água tratada consumida pela população da cidade;

3) Risco à população de BH pelos ruídos decorrentes do empreendimento, inclusive aos usuários do Hospital da Baleia, situado a menos de 2 km da exploração minerária;

Publicidade

4) Risco à população de BH pela queda da qualidade do ar, tendo em vista que a poeira da exploração minerária invadirá a capital do Estado;

5) Risco à população de BH decorrente da violação ao sossego, diante das vibrações decorrentes da exploração minerária que serão sentidas em comunidades situadas na capital mineira;

6) Risco ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, com risco real ao Parque das Mangabeiras, integrante da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, cujo limite se encontra a cerca de 500 m da denominada Cava Norte.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.