A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um novo inquérito para investigar mais denúncias de estelionato em Brumadinho. Desde o rompimento da barragem da Vale, em janeiro deste ano, a corporação vem investigando tentativas de fraude que têm como objetivo garantir indenizações da mineradora a pessoas que não teriam direito ao benefício.
Segundo a corporação, nesta semana, uma mulher e dois homens foram presos por estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos e particulares. Uma adolescente de 17 anos também foi apreendida.
Os quatro foram parados pela Polícia Militar em um táxi que seguia da cidade de Papagaios, na região Centro-Oeste, para um dos escritórios da Vale, localizado em Juatuba, a 86 km de distância.
Golpe
De acordo com a Polícia Civil, o esquema foi descoberto depois que uma agente de saúde que trabalha em um Posto de Saúde da Família em Maravilhas, a 20 km de Papagaios, onde vive a adolesente, foi até a escola da joveme pediu sua dispensa das aulas, alegando que ela estaria passando mal.
Uma funcionária da escola desconfiou quando a agente de saúde colocou a jovem em um táxi com outros dois homens, tentou falar com os pais da aluna e, em seguida, acionou a Polícia Militar.
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O táxi foi interceptado na estrada, perto da cidade de Pequi. Segundo o Delegado Regional de Pará de Minas, Carlos Henrique Gomes Bueno, o objetivo da viagem era cadastrar a adolescente como vítima do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho.
- A agente de saúde informaria à Vale que a adolescente mora em uma área próxima ao Rio Paraopeba, na zona rural de Maravilhas, o que não é verdade
Segundo a Polícia Civil, a agente de saúde chegou a realizar cerca de 40 cadastros, entre verdadeiros e falsos.
Prisões
Somente em abril deste ano, ao menos 10 pessoas foram presas por estelionato depois de tentarem se beneficiar da tragédia de Brumadinho de alguma maneira. Alguns conseguiram receber dinheiro da mineradora. Confira: