A PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) apreendeu 2,8 toneladas de maconha na zona rural de Campo Florido, a 546 km de Belo Horizonte. Essa foi a maior apreensão de drogas em Minas Gerais em 2020.
O Denarc (Departamento Especializado de Combate ao Narcotráfico) investigou o grupo de traficantes durante três meses e chegou a deslocar equipes da Polícia Civil para a cidade na tentativa de encontrar o local exato onde a droga estava armazenada, conhecido como “porto seco”.
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De acordo com o delegado Daniel Araújo, coordenador da ação, a origem da maconha apreendida é o Paraguai. No país, existem quadrilhas especializadas em produzir, embalar e transportar a droga. Segundo Araújo, o sistema de distribuição do tráfico era bem organizado.
— Essa droga vem por carretas até a cidade que o “investidor” escolhe e, nesse local, é distribuída para a próxima cadeia de traficantes.
Prejuízo
O sítio em que a droga estava fica em um ponto estratégico na BR-262, facilitando a distribuição para outros mercados consumidores, como Rio de Janeiro e São Paulo. Dentro do sítio, ninguém foi encontrado. Apesar disso, o delegado Daniel Araújo afirmou que a corporação deve encontrar, em breve, o investidor que teve esse prejuízo milionário.
— Cada barra custa R$ 1.000, então o prejuízo é de, aproximadamente, R$ 3 milhões. Agora nós vamos chegar até esses investidores que, além de ter esse prejuízo, vão responder criminalmente.
Uma equipe da Polícia Militar de Campo Florido participou da ação e prendeu quatro pessoas que acabavam de sair do sítio. No carro deles, foram encontrados 219 kg de maconha. Os detidos são de São Paulo e não tinham passagem pela polícia. A relação deles com o dono das três toneladas de maconha ainda vai ser investigada.