Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Polícia instaura inquérito para investigar denúncia de agressão contra técnico de handebol

No ano passado, o treinador Francisco Júnior Correa Mota foi denunciado por injúria racial pelo Ministério Público de Minas Gerais

Minas Gerais|Maria Luiza Reis, do R7

Federação Mineira de Handebol suspendeu técnico de todos os torneios por até 60 dias (Reprodução/Redes Sociais)

A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou, nesta quarta-feira (08), um inquérito para investigar a denúncia de agressão física contra o técnico Francisco Júnior Correa Mota. No ano passado, o mesmo treinador foi denunciado de injúria racial pelo Ministério Público de Minas Gerais.

A Federação Mineira de Handebol informou que o técnico após receber denúncias de que ele teria agredido um adolescente em Pompéu, a 168 km de Belo Horizonte. Em nota, a Federação informou que instaurou Procedimento Disciplinar Administrativo após receber mais de 130 denúncias do caso de agressão física envolvendo o treinador. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o atleta de 15 anos levando um tapa no rosto.

O treinador está suspenso pelo período de 60 dias dos Campeonatos Mineiros de Handebol e de todos os eventos promovidos pela Federação Mineira de Handebol em todo estado. A federação ainda determinou a convocação “de uma Comissão Disciplinar para homologação da decisão e sanções administrativas subsequentes.”

Em nota, o advogado Leonardo Gontijo Azevedo informou que “Francisco Júnior, assim como seus defensores, se colocam à inteira disposição das Autoridades oficiais, para proporcionar uma regular elucidação dos fatos denunciados” e que “qualquer interpretação e conclusão sumariamente tomada a respeito de qualquer ocorrência policial que seja, pode se revelar uma medida um tanto quanto prematura e precipitada”.

Publicidade

A Polícia Civil informou que instaurou inquérito policial para apurar todas as circunstâncias do caso e que não houve condução de suspeito.

Injúria Racial

Publicidade

Em julho de 2023, o Ministério Público de Minas Gerais ofereceu uma denúncia à Justiça contra o técnico de futebol de um clube de Pompéu, a 168 km de Belo Horizonte, por injúria racial. O treinador foi acusado de ter enviado mensagens de cunho racista, aporofóbico (preconceito contra pessoas com baixo poder aquisitivo) e gordofóbico contra um adolescente que participava de um torneio escolar na cidade.

O MP chegou a solicitar a prisão preventiva do técnico, mas o pedido foi negado. Na ocasião, a Justiça determinou as seguintes medidas ao técnico: comparecimento a todos os atos do processo, bem como manter endereço atualizado; comparecimento periódico em juízo mensalmente, para informar e justificar atividades; proibição de ausentar-se da comarca sem prévia comunicação e autorização do Juízo, por período superior a 30 (trinta) dias.

Publicidade

Confira a nota da Federação na íntegra:

“Na manhã de hoje, após receber mais de 130 denúncias do caso de agressão física envolvendo o treinador da Associação Esportiva Gustavo Elias - AESGE da cidade de Pompéu - Francisco Júnior Corrêa Mota, e o atleta G.M.S.S. de 15 anos, a Federação Mineira de Handebol, através de seu Presidente - Luiz Fernando Andrade, instaurou um Procedimento Disciplinar Administrativo para apurar os fatos, e SUSPENDEU PREVENTIVAMENTE como Medida Cautelar o então técnico Francisco Júnior Correa Mota.

Ainda segundo a Medida Cautelar, “Fica determinado a SUSPENSÃO IMEDIATA do Treinador - FRANCISCO JÚNIOR CORREA MOTA da cidade de Pompéu, pelo período inicial de 60 dias dos Campeonatos Mineiros de Handebol e de todos os eventos promovidos pela Federação Mineira de Handebol em todo o âmbito do estado de Minas Gerais, sendo eles presenciais ou on-line. Fica ainda determinada a convocação de uma Comissão Disciplinar para homologação da decisão e sanções administrativas subsequentes.”

A decisão também determina que “Além disso, fica por fim determinado a comunicação da Confederação Brasileira de Handebol, do Conselho Regional de Educação Física, da Polícia Civil da cidade de Pompéu e da Procuradoria Municipal de Pompéu para conhecimento dos fatos, e providências subsequentes.”

Atitudes assim não são compactuadas por esta entidade. Devemos sempre zelar pela moralidade, pela ética profissional, e princípios de cada um dos atletas, pois o meio esportivo jamais tem espaço para atitudes banais como esta que circula aos nossos olhos.

A Federação Mineira de Handebol através de seu Presidente finaliza que não cessará os trabalhos até a responsabilização dos autores, e informa a fins de transparência, que além da denúncia de agressão física, também chegou a esta entidade outras denúncias sobre o mesmo treinador, o qual serão encaminhadas imediatamente aos órgãos competentes para apuração e responsabilização cívil e criminal.”

Confira a nota da Defesa na Íntegra:

“Atendendo a contato feito, nos colocamos à disposição do trabalho jornalístico isento e comprometido com a apuração de fatos, através do seguinte pronunciamento:

1. Na circunstância de um momento extremamente inicial, nosso posicionamento é no sentido de ponderar que qualquer interpretação e conclusão sumariamente tomada a respeito de qualquer ocorrência policial que seja, pode se revelar uma medida um tanto quanto prematura e precipitada.

2. O que podemos assegurar, é que Francisco Júnior, assim como seus defensores, se colocam à inteira disposição das Autoridades oficiais, para proporcionar uma regular elucidação dos fatos denunciados.”



Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.