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Polícia ratifica prisão de suspeito de ameaçar apresentadora da Record TV Minas e sugerir 'carnificina'

Investigado perseguia Mônica Fonseca desde novembro de 2022 e dizia que iria se casar com a funcionária da emissora

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7


Suspeito escreveu carta para apresentadora em que fala sobre data do casamento
Suspeito escreveu carta para apresentadora em que fala sobre data do casamento

A Polícia Civil de Minas Gerais ratificou a prisão do suspeito de perseguir e ameaçar a apresentadora Mônica Fonseca, do quadro A Hora da Venenosa, da Record TV Minas. O delegado responsável pelo caso pediu à Justiça para converter o flagrante em detenção preventiva.

Dados da investigação foram divulgados nesta quarta-feira (22), um dia após a prisão de Fabiano da Silva Ferreira por ele ter escrito uma carta para a apresentadora em que citava uma possível "carnificina". (Veja abaixo detalhes da carta)

O caso começou a ser investigado no início deste mês. Mônica Fonseca, de 29 anos, disse à polícia que era perseguida desde novembro do ano passado. O homem, que usava o nome de Félix nas redes sociais, fazia publicações frequentes sobre a apresentadora.

"Eu fiquei sabendo por meio dos estagiários da Record TV, que perceberam os comentários diferentes nas redes sociais, abriram o perfil dele e viram que havia muitas fotos minhas. Eu me assustei muito e o bloqueei. Mesmo assim as mensagens continuaram", conta Mônica Fonseca.

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Ferreira dizia ter um relacionamento amoroso com a apresentadora, que nunca existiu. Ele subiu o tom das ameaças após Mônica divulgar fotos com o namorado em uma rede social.

"Ele trazia flores para mim pessoalmente aqui na TV e deixava recados. Já até tentou entrar na TV dizendo que era meu namorado", detalhou a funcionária da Record TV Minas.

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Prisão e carta

Mônica Fonseca acionou a polícia no início da tarde desta terça-feira (21) ao ver Ferreira no restaurante em que ela costumava almoçar, em frente à sede da emissora, no bairro Floresta, na região leste de Belo Horizonte. Agentes estiveram no local, mas o suspeito conseguiu fugir.

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Ao sair do local, o homem deixou em cima da mesa uma caixa de bombons, flores e uma carta. No texto, Ferreira disse que quer se casar com Mônica. "Eu faço as coisas sem pensar porque a minha alma te quer. A minha cabeça não pensa mais, só te quer", escreveu.

O homem ainda teria marcado o casamento deles para o mês de junho. "Te convenço até lá", escreveu". Em seguida, ele faz ameaças: "Já confessei. Agora, tenho que fazer carnificina".

Horas depois, funcionários do restaurante viram Ferreira próximo ao estabelecimento novamente, e, mais uma vez, os policiais foram chamados e conseguiram prender o investigado.

"Ele é uma pessoa que tem características de agressividade. Dentro deste contexto de perseguição, soou um alerta para a polícia. Ele é um indivíduo agressivo, com esse perfil voraz", avaliou o delegado Ângelo Ramalho.

O circuito de segurança do restaurante flagrou o momento da prisão. Assista ao vídeo:

Investigação

O delegado Ângelo Ramalho afirmou que há outros boletins de ocorrência em aberto contra o suspeito. Há relatos de perseguição e assédio sexual a outras vítimas. Alguns dos casos ocorreram em shoppings.

Ferreira também é investigado em uma denúncia de estelionato. Segundo o delegado, o homem se passava por produtor da emissora e oferecia falsos benefícios a pessoas que encontrava nas ruas.

"O investigado fala e se expressa bem. Às vezes, ele traz uma realidade que não existe. Como exemplo, ele interpretava o que a apresentadora dizia no programa e publicava nas redes sociais como se fosse para ele", disse o delegado. Segundo os agentes, só um laudo pericial poderá avaliar a sanidade do suspeito.

A Polícia Civil continua a investigar o caso. Os agentes devem levantar mais informações sobre o histórico de Ferreira. O delegado condicionou a soltura do suspeito a uma fiança de R$ 50 mil, que não foi paga. A reportagem tenta contato com a defesa do investigado.

"Isso acontece rotineiramente com as mulheres, e às vezes elas não levam o caso ao conhecimento da polícia", disse o delegado Júlio Wilke ao ressaltar a importância das denúncias.

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