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Polícia vai investigar mortes em asilo onde idosos seriam torturados

Dona da casa de repouso e a filha dela foram presas suspeitas de agressões; Polícia Civil informou que vai pedir prisão de um funcionário da instituição

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Casa de repouso foi interditada na sexta-feira (26)
Casa de repouso foi interditada na sexta-feira (26) Casa de repouso foi interditada na sexta-feira (26)

A Polícia Civil em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, vai investigar as causas da morte de três idosos que faleceram entre os meses de novembro de 2018 e julho deste ano, em um asilo da cidade. Na última sexta-feira (26), a dona da instituição e a filha dela foram presas suspeitas de torturar os internos. Nesta segunda-feira (29), a delegada responsável pelo caso vai pedir a prisão de um funcionário do local que também seria responsável pelas agressões.

Em entrevista ao R7, a delegada Bianca Prado informou que sua equipe vai averiguar se as mortes citadas têm alguma relação com os supostos espancamentos. A investigação vai ocorrer dentro do inquérito principal.

— Estou pedindo o prontuário dos três óbitos para ver se têm alguma relação.

A polícia soube das possíveis agressões graças à denúncia de uma ex-funcionária da clínica. Internos relataram aos agentes que, além de serem agredidos, não eram alimentados e recebiam castigos por mal comportamento.

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Cerca de 50 idosos e pessoas com deficiências intelectual e motora viviam no local. Segundo a delegada Bianca Prado, as vítimas mais recorrentes das torturas seriam aquelas que têm as maiores limitações.

— Ouvimos uma jovem cadeirante que não consegue falar. Ela escreveu em um papel para nós sobre as agressões que sofria.

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Em depoimento, a dona do asilo e a filha dela negaram os crimes. De acordo com a delegada responsável pelo caso, as duas afirmaram que alguns internos já chegaram maltratados na instituição.

Bianca Prado informou, ainda, que vai pedir à Justiça, ainda nesta segunda-feira (29), a prisão do funcionário mais velho da casa de repouso que, segundo relatos, eram responsável pelas principais agressões.

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Idosos

O asilo foi interditado após a operação realizada no local, na última sexta-feira. Alguns internos foram levados para o Hospital Municipal de Santa Luzia para receberam atendimento médicos.

Segundo a delegada Bianca Prado, seis famílias buscaram os parentes que estavam no asilo neste fim de semana e, ao menos, 20 ainda não foram localizadas.

Idoso que teve hanseníase conta as torturas que sofreu em leprosários

A expectativa da investigadora é de que uma decisão judicial autorize a transferência dos internos para instituições públicas da cidade. A delegada alerta, pede ainda, ajuda da população para as investigações.

— Quem souber de mais algum problema envolvendo este asilo pode nos procurar na segunda delegacia de Santa Luzia, na rua Direita, número 68 , no Centro de Santa Luzia.

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