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Policiais são presos suspeitos de comandar crime organizado 

Operação Fênix do Ministério Público tem como alvo pelo menos 140 pessoas

Minas Gerais|Maria Clara Prates, do R7


Delegacia de Uberlândia foi alvo de mandado de busca
Delegacia de Uberlândia foi alvo de mandado de busca

Cerca de 140 pessoas em 12 cidades de Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso foram alvo de uma grande operação do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) na manhã desta terça-feira (19), para apurar crimes como tráfico de drogas, associação criminosa, obstrução de Justiça, receptação, adulteração de placa de automóveis, fraude processual, corrupção passiva, corrupção ativa.

Entre 136 pessoas que tiveram suas prisões decretadas estão 10 delegados da Polícia Civil, sendo três chefes de departamento e uma delegada regional, dois escrivães, 45 investigadores e sete advogados. A Operação chamada de Fênix foi desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) regional de Uberlândia, com apoio das unidades de Patos de Minas, Pouso Alegre e Uberaba.

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Foram cumpridos 200 mandados de prisão preventiva expedidos contra 136 pessoas (contra alguns investigados há registro de mais de um mandado), 121 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva, nas cidades de Uberlândia, Uberaba, Araguari, Patos de Minas, Patrocínio, Monte Alegre de Minas, Passos, Pouso Alegre, Araxá, no Triângulo mineiro, e Belo Horizonte, todas no estado de Minas Gerais, além de Cascavel (PR) e Cuiabá (MT).


Delegacias Regionais de Polícia Civil de Uberlândia (MG) e Araguari (MG) foram objeto de buscas, que contaram com o apoio da Receita Estadual de Minas Gerais. Participaram da investida contra o crime organizado, sete promotores de Justiça, três auditores da Receita Estadual, 500 policiais militares e 150 policiais rodoviários federais, tendo sido utilizadas duas aeronaves e 150 viaturas.

Delação


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A organização criminosa sob comando dos policiais civis começou a ser investigada há mais de dois anos, quando foi desencadeada a Operação Alibabá, em setembro daquele ano. À época, foram oferecidas duas denúncias. Com a continuidade das investigações foram desencadeadas outras duas operações a Ouroboros, em junho passado, e ainda a Efésios, todas de responsabilidade do Gaeco.

A partir daí e com a colaboração premiada de alguns dos integrantes da organização criminosas, foi montada a megaoperação Fênix. Fênix é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Até agora, o Ministério Público Estadual já ofereceu 29 denúncias, duas cautelares de requerimento de decretação de prisões preventivas e três cautelares de requerimentos diversos (busca e apreensão e conduções coercitivas).

O Gaeco ainda não divulgou o número final de presos e seus nomes. A Polícia Civil se manifestou por meio de nota: "Sobre os fatos em Uberlândia, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que a Corregedoria-Geral da Polícia Civil participou e continua apoiando as investigações em curso. A PCMG lamenta o acontecido e ressalta que não compactua com desvios de conduta funcional, determinando que os envolvidos fossem exonerados dos seus cargos de confiança. A Chefia de Polícia determinou, ainda, que o Órgão Corregedor da PCMG instaure Sindicâncias Administrativas para apuração dos fatos, respeitando sempre os princípios constitucionais vigentes."

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