A Secretaria de Meio Meio Ambiente de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, interditou, nesta sexta-feira (17), a fornecedora de produtos químicos da cervejaria Backer. A Polícia investiga uma possível adulteração nas substância que foram entregues à cervejaria.
De acordo com o órgão ambiental, a companhia precisou ter fechada por não ter alvará para o fracionamento de produtos que são vendidos no local.
A Imperquímica foi citada nas investigações do inquérito que apura a contaminação de lotes de ao menos 8 rótulos de cervejas produzidos pela Backer. A perícia encontrou monoetilenoglicol e dietilenoglicol nas bebidas, mas a cervejaria alega que só compra monoetilenoglicol.
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Em depoimento à Polícia Civil, um ex-funcionário da Imperquímica, relatou as possíveis adulterações e entregou vídeos às autoridades que mostrariam a fraude. A reportagem fez contato com a defesa da empresa, mas as chamadas não foram atendidas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, além da interdição feita pela equipe do Meio Ambiente, "produtos passíveis de fiscalização sanitária serão apreendidos cautelarmente no local".
Apesar de explicar como havia dietilenoglicol dentro da fábrica da Backer, que também está interditada, a hipótese não explica como as cervejas foram contaminadas, já que o produto químico não deveria entrar em contato com a bebida.
Intoxicações
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais investiga a possível contaminação de 18 pessoas por dietilenoglicou, sendo que quatro delas morreram. Laudos de necropsia de uma das mortes confirmou a presença da substância química no organismo da vítima.