Professores das Umeis (Unidades Municipais de Educação Infantil de Belo Horizonte) se reuniram nesta quarta-feira (6) e decidiram manter a greve da categoria que já dura 44 dias. Os servidores pedem equiparação de carreira com os colegas da educação fundamental. A paralisação deve continuar até a próxima terça-feira (12), quando eles voltam a se reunir.
Apesar da greve já durar mais de um mês, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) garante que só vai negociar com os professores quando eles voltarem às salas de aula. Em nota divulgada pela Prefeitura, nessa terça-feira (5), Kalil afirmou que a proposta apresentada no mês passado foi retirada da pauta. Em entrevista no final de maio, ele já havia avisado que isso aconteceria caso as atividades não se normalizassem nesta semana.
Os professores reclamam que Kalil não cumpriu a promessa de campanha de um plano de carreira único na rede municipal. Segundo Wanderson Rocha, diretor de comunicação do Sind-Rede, (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte), 18 mil alunos estão afetados com a paralisação. Cerca de 35% dos professores aderiram ao movimento.
Nesta tarde, a categoria se reunião com um promotor do Ministério Público para falar sobre o assunto. Eles tentam que a promotoria feche um acordo com a Prefeitura para resolver o impasse.
O assunto será pauta de uma audiência pública marcada para a próxima segunda-feira (11), na Câmara de Vereadores. Os secretários de Governo, Planejamento e Educação e representantes do sindicato devem participar do encontro.
Na terça-feira (12), os professores fazem uma nova assembleia para decidir se mantêm a paralisação.