Servidores administrativos da Polícia Civil de Minas Gerais realizam, nesta sexta-feira (16), uma paralisação contra uma proposta do Governo de Minas que transfere funcionários do Detran, IML (Instituto Médico Legal) e delegacias para a Seplag (Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão).
A transferência de servidores faz parte do projeto de lei que retira o Departamento de Trânsito da responsabilidade da Polícia Civil. De acordo com o técnico assistente Paulo Vitor, que representa o Siapol-MG (Sindicato dos Servidores Administrativos da Polícia), argumenta que a proposta é prejudicial aos trabalhadores.
— Hoje, pertencendo a Polícia Civil, temos uma série de benefícios, como recomposição salarial, acesso ao serviço médico, nutricional, fisioterapêutica, entre outros. Se a gente deixar de pertencer à Polícia Civil, vamos perder esses direitos.
Segundo o representante da Siapol-MG, a categoria não é contraria à mudança e até apoia a modernização do detran prevista no projeto. Eles só questionam a retirada dos trabalhadores da Polícia Civil e a perda de benefícios.
— O projeto pretende levar esses cargos para a Seplag mas ceder esses servidores ao Detran. Ou seja, só trocaria a roupa, os servidores continuariam os mesmos. Para quê fazer essa mudança com perda de direitos?
O sindicato reconheceu que a paralisação de 24 horas gera transtorno para o cidadão, mas afirmou que a iniciativa tem a intenção de chamar a atenção para a importância dos servidores. A falta de atendimento em tantos órgãos desagradou quem precisava do serviço. O empresário Eduardo Rocha afirma ter ficado decepcionado.
— Eu me sinto frustrado. Eu vim de Contagem para buscar uma documentação aqui e chega um policial para me atender e falar que só tem atendimento na semana que vem.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil, mas, até o momento, não obteve retorno.