O homem, de 34 anos, suspeito de matar a mulher esfaqueada, dentro de uma viatura da PM (Polícia Militar), nesse final de semana, em Pavão, no Vale do Mucuri, revelou à polícia que pegou a faca do crime em casa, quando passou no local para buscar a carteira, com a PM, e que não foi revistado novamente. Ele estava sendo conduzido para a delegacia junto com Laís Andrade Fonseca, quando sacou uma faca e atingiu a mulher no pescoço.
De acordo com as investigações, Laís acionou a polícia no sábado (7), alegando que o ex havia instalado uma câmera no banheiro da casa dela. Ela informou que estava no banho, quando avistou o equipamento ligado a um computador, que estava escondido em cima da laje da casa.
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O suspeito foi localizado, revistado pelos militares e nada foi encontrado. Para dar continuidade ao caso, os dois deveriam ser levados para a delegacia de Teófilo Otoni. Em depoimento, o suspeito contou que pediu para passar na casa dele para pegar a carteira e aproveitou para pegar uma faca, que ele teria escondido no tênis. O homem relatou, ainda, que não foi revistado novamente. Os policiais que acompanhavam a ocorrência confirmaram que eles passaram na casa.
No caminho, o homem sacou o objeto e golpeou a ex-mulher na região do pescoço. Em seguida, ele tentou suicídio, golpeando o próprio pescoço. Os dois foram socorridos, mas Laís não resistiu e morreu. O suspeito recebeu atendimento médico e foi preso, em flagrante.
Investigação
O suspeito foi ouvido e preso por homicídio. Ele foi levado para o presídio de Teófilo Otoni e pode responder por feminicídio. Em depoimento, ele confessou que fez o ataque em um momento de desespero, quando pensou que poderia ficar preso. O homem assumiu, ainda, que instalou a câmera no banheiro pois temia que Lais estivesse com outro homem. A faca utilizada no crime foi encontrada e apreendida.
Os militares, de 31 e 41 anos, que estavam no carro, foram presos, mas a Justiça Militar Estadual expediu um alvará de soltura e eles vão responder por homicídio culposo em liberdade. De acordo com o tenente-coronel Fábio Marinho, foi aberto um procedimento administrativo para apurar o caso e os policiais foram afastados das atividades por oito dias.
Em entrevista ao R7, a delegada Hérika Sena, responsável pelo caso, revelou que ainda é preciso esclarecer onde os envolvidos no caso estavam sentados dentro do carro. Segundo ela, aparentemente, Laís e o ex estavam juntos no banco de trás. O tenente-coronel, confirmou que os dois estavam “tranquilos” no banco traseiro da viatura e a vítima havia falado aos policiais que não tinha interesse em denunciar o ex-companheiro.
* Com supervisão de Flávia Martins y Miguel