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TJ autoriza aumento da passagem de ônibus em BH para R$ 4,50

Desembargador de plantão suspendeu a liminar da juíza Dênia Francisca que vetava o reajuste de 11%

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Preço da passagem em BH vira caso de Justiça
Preço da passagem em BH vira caso de Justiça Preço da passagem em BH vira caso de Justiça

O desembargador de plantão Carlos Levenhagen do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) suspendeu na noite desta terça-feira (1°) a liminar que vetava o aumento da passagem de ônibus em Belo Horizonte. Com a nova decisão, a tarifa deverá voltar a custar R$ 4,50 - preço cobrado durante os dias 30 e 31 de dezembro. A BHTrans ainda não foi notificada sobre a medida e informou que o reajuste de 11% será feito assim que o órgão receber o despacho de Levenhagen.

O magistrado atendeu a um recurso apresentado pelo Consórcio Pampulha, conjunto de empresas de ônibus que atendem a cidade, alegando que o aumento da tarifa é valido. 

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Como justificativa do aumento, as companhias defenderam que o contrato firmado com a Prefeitura de BH prevê possibilidade de revisão contratual e tarfária, além de reajuste anual "conforme fórmula previamente pactuada". O consórcio alegou ainda que, mesmo assim, não há alteração no preço da passagem desde 2017.

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Em sua decisão, Levenhagen afirmou que é válido o reajuste, uma vez que ele foi baseado "não só no edital de regência da concorrência pública", como também pelas "cláusulas 11.3, 19 e 22 do instrumento contratual celebrado" com as empresas.

Outro fator que contribuiu favoravelmente para o empresariado foi o resultado da auditoria independente realizada pela prefeitura. Os resultados mostram que a passagem deveria custar R$ 6,35 para cobrir todos os custos do serviço. Diante disso, o desembargador argumentou que há uma "defasagem do sistema tarifário".

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Suspensão

O reajuste estava suspenso desde esta terça-feira (1°) em função de uma decisão provisória da juíza Dênia Francisca, a pedido do Instituto Nossa BH e do movimento Tarifa Zero. Segundo a magistrada, todas as partes envolvidas no caso estão instisfeitas com o valor de R$ 4,50.

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De um lado, os grupos sociais alegaram que o valor é abusivo, do outro, o Setra defendeu que o preço praticado é inviável para a manutenção do serviço e, assim, as empresas de ônibus estariam tendo prejuízo. 

Na liminar, a juíza Dênia Francisca também ressalta que a própria prefeitura se mostra insatisfeita com o quadro. "É cristalino que a própria Prefeitura de Belo Horizonte, na sua atual gestão, por diversas vezes questionou os valores tarifários, o cumprimento do contrato de concessão de serviço público em vigor e seus aditivos", explicou.

O Ministério Público de Minas Gerais abriu um inquérito para avaliar a atualização do preço da tarifa. A promotoria pediu solicitou à PBH esclarecimentos sobre o processo adotado e o exutivo entregou as respostas nesta quarta-feira (2).

Procurada, a BHTrans (Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte) informou que ainda não foi informada sobre a decisão do desembargador Carlos Levenhagen. Segundo o órgão, serão feitas adaptações nos sistemas de computador após a notificação e, só depois, será definida uma data para a cobrança do novo valor de R$ 4,50. Representantes do movimento Tarifa Zero afirmaram que vão recorrer novamente da decisão.

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