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UFMG pesquisa vacina da covid-19 com aplicação oral ou nasal

Imunizante pode ser até 100 vezes mais barato que os usados no Brasil; projeto depende de R$ 3 milhões para acelerar estudos

Minas Gerais|Akemi Duarte, da Record TV Minas

De dentro de um pequeno laboratório da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) poderá sair uma vacina contra a covid-19 até 100 vezes mais barata que as usadas atualmente no Brasil. Além do valor, o diferencial está na forma de aplicar o medicamento em desenvolvimento: pela boca ou pelo nariz.

A pesquisa foi iniciada em fevereiro de 2020. Os resultados iniciais foram promissores. Agora, o imunizante entra na fase de testes em animais pequenos. Se for obtiver sucesso, seguirá para animais maiores, como primatas que têm a fisiologia mais próxima com o humano.

Pesquisador usa o próprio dinheiro no projeto
Pesquisador usa o próprio dinheiro no projeto Pesquisador usa o próprio dinheiro no projeto

O professor Dawidson Assis Gomes, um dos pesquisadores a frente do projeto, explica que após a avaliação em animais, a equipe vai definir se a aplicação será por via oral, em gotas, ou nasal, com spray. O imunizante não usa vírus ativo.

— Essa vacina usa pedaços das proteínas do vírus. As estratégias utilizadas induzem nosso corpo a produzir a proteína do vírus e a gente já está entregando "pedacinhos" das proteínas do vírus por meio dessa solução.

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Com o ritmo atual, a vacina estaria pronta em três anos. O que impede o resultado mais rápido é o investimento financeiro. A pesquisa é realizada com recursos do próprio laboratório e do professor. O pesquisador estima que o prazo pode cair pela metade caso arrecade R$ 3 milhões.

— Hoje a gente precisa adquirir estes "pedacinhos" das proteínas chamados de peptídeos, insumo de alto custo, principalmente porque as máquinas utilizadas para fazer isto localmente são obsoletas e são para fazer pequenas quantidades.

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Caso seja comprovada a eficácia, o produto poderia ser aplicado em pessoas de qualquer idade. A novidade animou pais como a Caroline de Araújo que tem dois filhos, de 7 e 8 anos, com anemia falciforme, considerada de risco para covid-19. Adultos com a doença estão nos grupos prioritários de vacinação.

— A gente fica mais apreensivo e esperançoso para que haja a vacina e a cura para que possamos voltar a vida ao normal.

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Pesquisas

Atualmente a UFMG tem ao menos sete projetos de pesquisas contra a covid-19 em desenvolvimento. Um deles, do imunizante Spintec, desenvolvido no CT-Vacina (Centro de Pesquisas de Vacinas) da universidade, tem recebido recursos do Governo Federal, deputados e apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, por ter se destacado e ser considerado um dos mais promissores.

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