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Saiba o que foi o AI-5, o mais duro golpe da ditadura militar

Ato foi responsável pela cassação de políticos, fechou Congresso Nacional, censurou obras e perseguiu adversários do governo

Política|Do R7

Governo anuncia o AI-5, em dezembro de 1968
Governo anuncia o AI-5, em dezembro de 1968 Governo anuncia o AI-5, em dezembro de 1968

O Ato Institucional nº 5 (AI-5) marca o auge do autoritarismo do governo militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985. Baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, autorizou perseguições a adversários políticos e foi responsável por inúmeros crimes ocorridos na ditadura.

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O AI-5 ocorreu em resposta às manifestações de grupos contrários ao governo: movimentos estudantis, partidários, religiosos e de diversas bandeiras contrárias à repressão representada pelo regime militar. 

Leia mais: Declaração sobre AI-5 é repugnante e tem de ser repelida, diz Maia

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O pronunciamento do deputado Márcio Moreira Alves, do MDB, na Câmara, em setembro de 1968, no qual ele fez um apelo para que o povo não participasse dos desfiles militares do 7 de Setembro, é considerado a gota d'água para os militares.

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Na mesma ocasião outro deputado do MDB, Hermano Alves, escreveu uma série de textos de oposição ao governo no Correio da Manhã.

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O ministro do Exército, Costa e Silva, atendendo ao apelo de seus colegas militares e do Conselho de Segurança Nacional, declarou que esses pronunciamentos eram "ofensas e provocações irresponsáveis e intoleráveis".

O governo solicitou então ao Congresso a cassação dos dois deputados. A Câmara recusou os afastamentos. No dia seguinte foi baixado o AI-5, que autorizava o presidente da República a decretar o recesso do Congresso Nacional, intervir nos estados e municípios, cassar mandatos parlamentares, suspender, por dez anos, os direitos políticos de qualquer cidadão e decretar o confisco de bens considerados ilícitos. 

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Até o fim de dezembro de 1968, mês em que foi promulgado, 11 deputados federais foram cassados, entre eles Márcio Moreira Alves e Hermano Alves. A lista aumentou no mês seguinte, atingindo não só parlamentares, mas até ministros do Supremo Tribunal Federal. 

Além das cassações políticas, o regime avançou sem limites no trabalho de censurar obras de todas as formas, proibir manifestações de esquerda e perseguir adversários ideológicos e políticos do governo.

O AI-5 deixou de existir em 13 de outubro de 1978, no governo Ernesto Geisel. 

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