Ciro Gomes é o Benjamin Button brasileiro
O eterno candidato à Presidência nasceu velho e vai chegando à primeira infância
Augusto Nunes|Do R7
![Ciro Gomes regride na política brasileira](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/ZEQTTDBYUFPZBFRA6VMQKAEBAM.jpg?auth=ff4a3e0ff7ee3b07c0567135ac284f8c4df3c51956f34dcea98eee4a01a25deb&width=780&height=340)
Criado pelo escritor F. Scott Fitzgerald e interpretado no cinema por Brad Pitt, Benjamin Button é um personagem que nasce com aparência de octogenário e vai rejuvenescendo com o tempo. Passa pela maturidade, alcança a adolescência, chega à infância, desaprende a falar e morre com o frescor de quem acabou de vir ao mundo. Disso muita gente sabe. O que ninguém parece ter percebido é que essa figura de ficção reencarnou no Brasil com o nome de Ciro Ferreira Gomes.
Nascido no interior de São Paulo, o Benjamin Button brasileiro já era um velho coronel sertanejo quando pousou na casa dos ancestrais cearenses em Sobral. As ideias também grisalhas o levaram a filiar-se ao PDS, o partido que substituiu a Arena na sustentação do regime militar no Legislativo. Deputado, prefeito de Fortaleza, governador e ministro de Estado, mostrou que o homem de meia idade tinha pouco juízo.
Lembrou um quarentão inconveniente ao qualificar a capital cearense de "puteiro a céu aberto" e avisar que o papel da mulher de um concorrente à Presidência da República era dormir com o candidato. Virou adolescente desbocado quando comunicou à atriz Letícia Sabatella que quem faz política tem de "meter a mão na merda". Molecagens recentes informam que nosso Benjamin Button chegou à primeira infância e ruma em velocidade vertiginosa para a temporada no berçário.
Antes de trocar a calça curta pela fralda, insultará meia dúzia de desafetos, começando por FHC, Lula ou Jair Bolsonaro. E na última semana de vida fará cara feia para a babá. Ou para um dos irmãos. Bebês de colo são imprevisíveis.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.