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Teste: Honda CR-V é híbrido sem tomada que vai pouco ao posto

Andamos mais de 790 km com crossover que tem um bom acabamento, é confortável, só que custa caro

Autos Carros|Marcos Camargo JrOpens in new window


Teste: Honda CR-V é híbrido sem tomada que vai pouco ao posto

Após lançar o Accord e o Civic com a tecnologia e:HEV, a Honda trouxe o CR-V Advanced Hybrid com o mesmo sistema, que dispensa uma tomada, uma vez que não é híbrido plug-in. Com essa inovação é possível tirar o melhor desempenho do motor a gasolina 2.0 litros com injeção direta de 147 cv e do outro elétrico de 184 cv.

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Além disso, se souber usar essa tecnologia é possível ter um consumo de combustível na casa dos 20 km/l. Porém, para alcançar esse número é preciso usar outras inovações presentes no SUV médio, que tem um conforto e acabamento premium. Contudo, nem tudo são flores, pois o preço é de R$ 352.900, um pouco maior do que os rivais.

Teste: Honda CR-V é híbrido sem tomada que vai pouco ao posto

Enfim, o R7 Auto Carros, que já havia testado o CR-V Advanced Hybrid no lançamento em fevereiro deste ano, fez uma avaliação um pouco mais longa, rodando 792 km entre a capital paulista, Itapira e Amparo.

Teste: Honda CR-V é híbrido sem tomada que vai pouco ao posto

Feito para família

Importado da Tailândia, o Honda CR-V mede 4,70 metros de comprimento, 1,69 metro de altura, 1,85 metro de largura e 2,70 metros de entre eixos. Com essas medidas, o SUV de linhas atuais e com rodas de 19 polegadas, tem como ponto alto o interior, trazendo um painel como o do Civic híbrido e com acabamento em soft touch, material que imita madeira, conferindo elegância, e bancos do motorista e passageiros com regulagens elétricas, sendo que o do motorista conta com ajustes para lombar, o que confere ainda mais conforto para o condutor.

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Os bancos traseiros comportam sem sufoco três adultos e têm acabamento refinado, além de contar com ajustes permitindo uma inclinação ideal para quem vai sentado atrás. O porta-malas tem capacidade de 581 litros com base reta, sendo possível levar malas de todos os tipos e jeitos. Com esses atributos, o Honda CR-V híbrido é bom para quem gosta de carregar a família toda e cair na estrada sem perder o conforto.

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Full HD não exite

O Honda CR-V vem equipado com um painel digital de 7 polegadas com mostradores bem claros e de fácil visualização. Inclusive, é possível ver as músicas que estão tocando diretamente no cluster. Também traz um head-up display, que mostra as rotas do GPS, velocidade e os auxílios de condução. Até aqui nenhum problema, pois todos funcionam perfeitamente.

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Contudo, a central multimídia do tipo flutuante de 9 polegadas deixa a desejar, embora conecte facilmente o Apple CarPlay e Android Auto. O ponto fora da modernidade são os botões, o touchscreen, que não tem um toque tão capacitivo, e as câmeras de ré. Sim, as câmeras de ré, uma vez que tem a tradicional e uma abaixo do espelho retrovisor direito. Enfim, as duas são de baixa qualidade, até parecem uma TV analógica perto de outras marcas de carros chineses, por exemplo, que trazem uma definição em Full HD.

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Também faltou um sistema de ponto cego. A solução da Honda em ligar a câmera abaixo do retrovisor ao dar a seta poderia ser mais bem aproveitada, como no caso do Hyundai Creta, que a imagem é reproduzida dentro do painel digital, não atrapalhando o uso da central multimídia, que ligada ao GPS perde a conexão por poucos segundos com smartphone.

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Direção igual ao videogame

Apesar de as câmeras não serem em HD, o Honda CR-V conta com tecnologia moderna. Inclusive, com um sistema que dispensa uma tomada como os híbridos plug-in, conferindo ainda mais praticidade, visto que é possível percorrer longos percursos sem se preocupar em achar um eletroposto, só que com o melhor do mundo dos elétricos, que é o torque e o silêncio a bordo, além da eficiência energética.

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Todavia, antes de falar do consumo é preciso dizer que o Honda CR-V combina um motor 2.0 litros a gasolina com injeção direta de ciclo Atkinson com dois elétricos paralelos com a função de tração e gerador. Já o câmbio tem duas relações de marcha para média e outra para altas velocidades, não sofrendo com engasgos ou trocas lentas, praticamente imperceptível.

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No uso urbano, o Honda CR-V basicamente anda apenas no modo elétrico, o que permite ter uma eficiência de combustível fora da média para carros do mesmo porte equipados apenas com motores a combustão, já que no trecho urbano é capaz de fazer até 14 km/l. Porém, se souber dosar bem o pé é possível chegar aos 17 km/l, como conseguimos fazer na cidade. Já na estrada tem uma média que supera os 13 km/l e conseguimos fazer 20 km/l. Para chegar neste número foi preciso imaginar que está em um jogo.

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Para gamificar a direção basta clicar na opção Power Flow na central multimídia. Lá é possível ver em gráficos futuristas, que lembram um jogo de vídeo game, exatamente quando e como cada motor está sendo utilizado.

Por isso, se conseguir manter por mais tempo o uso do motor elétrico, no caso até uns 90 km/h, é possível diminuir ainda mais o consumo de combustível. Para ter uma ideia, em descidas na estrada, em uma velocidade de 110 km/h dá para aproveitar a inércia para funcionar apenas o motor elétrico o deixando ainda mais econômico.

No final dos 792 km rodados tiramos uma média de 15,6 km/l e de São Paulo até Itapira, no interior do estado paulista, saindo de tanque cheio e baterias carregadas, chegamos lá faltando um quarto, em km era possível rodar um pouco mais de 200 km.

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É importante dizer que o Honda CR-V tem motor a gasolina de 147 cv e 19,4 kgfm de torque, enquanto o elétrico tem 184 cv e 34 kgfm de torque. A marca japonesa não informa os dados combinados nem mesmo a potência das baterias posicionadas entre o banco traseiro e o assoalho.

Por fim, chegar nesses números de consumo não requer andar como uma tartaruga pela estrada, pelo contrário, na velocidade de 120 km/h é possível atingir um bom desempenho. Só que para isso, também tem outro “pulo do gato”, o Honda Sensing.

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Honda Sensing confere mais conforto

O Honda Sensing são diversas tecnologias de auxílio à condução, ou seja, estão instaladas para usar e abusar, claro, não é um sistema de condução autônoma estilo Autopilot dos veículos da Tesla. Portanto, o motorista deve sempre ter atenção no trânsito. Além disso, o ideal é utilizar esses sistemas em estradas ou, no caso da capital paulista, nas marginais.

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O primeiro que o motorista deve ajustar é o piloto automático adaptativo, que é capaz de manter a distância segura ao veículo à frente. O sistema do Honda CR-V ainda consegue fazer o acompanhamento em baixa velocidade, o que é ideal para o para e anda das marginais, conferindo ainda mais conforto e segurança. Portanto, se o carro da frente está a 60 km/h, mesmo se o motorista tiver colocado para andar a 120 km/h, o CR-V irá andar a 60 km/h. Agora, se não houver nenhum impedimento, o SUV irá rodar aos 120 km/h, por exemplo, sem nenhum sufoco e com segurança.

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Outro sistema importante é o sistema de frenagem para mitigação de colisão que emite diversos alertas sonoros e visuais ao detectar uma situação de provável colisão frontal. Essa tecnologia ainda aciona de maneira automática os freios, deixando a condução ainda mais segura. Também há o sistema de permanência de faixa que detecta as faixas da estrada e ajusta a direção sozinha.

Ainda conta com o sistema de mitigação de evasão de pista, que detecta se o motorista irá sair da faixa sem dar seta, evitando possíveis acidentes. Com todos esses controles ligados fica difícil causar um acidente, além de poder sempre andar na velocidade permitida da via com uma alta precisão, evitando multas em rodovias.

Teste: Honda CR-V é híbrido sem tomada que vai pouco ao posto

Preço salgado

Todo mundo já sabe que o Brasil recebeu modelos eletrificados chineses como o GWM Haval H6 e o BYD Song Plus. Ambos são mais baratos do que o Honda CR-V, embora tenham uma tecnologia diferente, sendo híbridos plug-in.

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O GWM Haval H6 GT, que é a versão esportiva, custa R$ 319 mil. Já o Haval H6 PHEV34 tem a mesma tecnologia híbrida plug-in só que com preço de R$ 279 mil. Já o BYD Song Plus tem preço a partir de R$ 229.800. Os modelos trazem um bom nível de acabamento e uma tecnologia de multimídia mais modernas do que o crossover japonês.

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De outra maneira, a Honda é conhecida por ter um bom pós-vendas e carros que dificilmente irão conferir problemas mecânicos no futuro, o que é possível ser notado no silêncio interior do CR-V, bem como na absorção melhor de impactos pela suspensão, que contam com braços feitos em alumínio e bom dimensionamento das molas e amortecedores, seguindo o padrão de referência em construção e durabilidade dos carros da montadora japonesa, assim como acabamento sofisticado.

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Enfim, quem quiser comprar o Honda CR-V Advanced Hybrid poderá escolher até cinco opções de cores, tendo o Azul Astral das fotos como novidade. Por dentro, o acabamento conta com cores claras e escuras.

O preço é de R$ 352.900 e, sim, vale a pena pagar pela boa construção do SUV, pela tecnologia híbrida, que dispensa a tomada, pela economia proporcionada, pelos itens de segurança e pelo conforto. Só não espere uma multimídia tecnológica e que gire com um toque no botão. Além disso, é um carro feito para família, sem tendência esportiva, mesmo com modo de condução esportivo, e para quem gosta de viajar para longe e com conforto acima da média.


Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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