Carimbo de condenado não deve mudar o jogo, e Trump segue com pé na Casa Branca
Ex-presidente dos EUA foi condenado nesta quinta-feira (30) por fraude processual
![](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/BLBSYPGNBNEWZDGEISWHT45ESY.png?auth=382d8a1744151acc7d2c6a8a2e38f4031da50560b3adedc03f856939e2a12ac6&width=750&height=450)
A condenação criminal de Donald Trump, de 77 anos, por fraude processual, repercutiu em todos os jornais do planeta. Claro, não poderia ser diferente. É uma decisão histórica da justiça americana. Pela primeira vez, um ex-presidente dos Estados Unidos é considerado culpado por um crime.
Trump ainda pode apresentar recurso e aguarda a sentença final, que vai ser lida no dia 11 de julho. A pena pode ser desde uma multa até mesmo a prisão, o que os juristas acreditam que seja uma possibilidade bem remota, quase nula.
A seis meses da eleição presidencial, a condenação bagunçou, mas não deve interferir no humor político. Apesar da gravidade, essa decisão jurídica não pesou a decisão política. A já esperada condenação “moral” de Trump não está nas listas de prioridades dos eleitores americanos. Nas últimas pesquisas, os temas que mais preocupam são: economia, imigração e política externa.
Leia também
Favorito a voltar à Casa Branca ano que vem, Trump tem vantagem sobre o atual presidente Joe Biden em estados decisivos. O futuro candidato democrata não tem boa popularidade e vem sendo criticado duramente após inflação subir e a condução nos três principais conflitos atualmente: guerra entre Israel e Hamas, Rússia contra Ucrânia e a nova ameaça de invasão da China sobre Taiwan. Além disso, a idade avançada e a saúde frágil também pesam contra Biden.
Trump ainda é réu em outros três processos. Um deles, o mais “perigoso”, sobre a tentativa de anulação das eleições passadas, que ainda “prende” atenção do público. Ameaça à democracia também preocupa os americanos. Mas o caso foi adiado e, dificilmente, será julgado a tempo de tornar Donald Trump inelegível.
Seis meses é um tempo importante, segundo os analistas políticos. Até lá, a condenação pode ficar em segundo plano nas mãos dos eleitores e o caminho de volta à Casa Branca livre para Donald Trump.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.