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Anúncio de Haddad sobre marco fiscal deve ocorrer nesta semana

Regras para conter gastos e aumentar arrecadação são esperadas para antes da reunião do Copom, que definirá juros

Christina Lemos|Do R7


Haddad: promessa de manter 'o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda'
Haddad: promessa de manter 'o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda'

Como forma de desvincular o anúncio do novo arcabouço fiscal e a definição da taxa Selic, a equipe econômica trabalha para divulgar nesta semana as diretrizes completas para gastos e arrecadação do governo federal. O ponto é sensível e é considerado uma sinalização definitiva tanto para o mercado quanto para a esfera política sobre como o terceiro mandato de Lula pretende lidar com as contas públicas.

A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que tem a tarefa de definir a taxa básica de juros, está prevista para a semana que vem, e ocorrerá nos dias 21 e 22. A manutenção da Selic em 13,75% é vista pelo presidente Lula e por boa parte dos integrantes do governo como uma espécie de torniquete para a reativação da atividade econômica — considerada pilar para o sucesso do projeto político do petista.

A segunda reunião do ano do Copom na nova gestão de Lula é marcada por grande expectativa e está inserida num contexto de questionamento sobre a legitimidade da autonomia do Banco Central, vigente desde fevereiro de 2021. As reclamações de Lula sobre a manutenção da Selic em patamar alto geraram crise com o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. O mecanismo é um dos principais instrumentos de controle da inflação.

A equipe de Fernando Haddad, da Fazenda, trabalha num conjunto de medidas que, de acordo com frase cunhada pelo ministro, pretende manter “o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”. A expressão sinaliza, de maneira simplificada, as prioridades do mandato de Lula. Haddad tenta se equilibrar entre demonstrar ao mercado sua disposição para conter despesas e gerar condições para estabilização das contas públicas e atender à pressão exercida por ala majoritária no PT, por mais gastos sociais — posição vocalizada pela própria presidente da legenda, Gleisi Hoffmann.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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