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Após trombada com Rodrigo Maia, Guardia sai de cena

Ministro da Fazenda, que era esperado para explicar medidas que elaborou, viajou a São Paulo para reunião com presidente da Petrobrás

Christina Lemos|Do R7


Eduardo Guardia, ministro da Fazenda na gestão Temer
Eduardo Guardia, ministro da Fazenda na gestão Temer

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, mudou sua estratégia de comunicação após duas semanas de superexposição que culminaram com uma trombada com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ao contrário das expectativas, Guardia não participa neste feriado da entrevista para explicar aos jornalistas o pacote de medidas que ele próprio elaborou para encerrar o protesto de caminhoneiros que imobilizou o país. Foi escalado “o time reserva” para isso, que inclui os secretários da Receita e o secretário-executivo do Planejamento.

A Fazenda ainda providenciou um outro compromisso importante para o ministro, em horário praticamente simultâneo ao da entrevista: uma reunião, em São Paulo, com o presidente da Petrobrás, Pedro Parente. O governo iniciou estudos para garantir mais “previsibilidade” à oscilação de preços dos combustíveis, para previnir novos “colapsos” como o que o país acaba de enfrentar. Mas precisa evitar que uma nova política de preços seja compreendida como interferência na gestão autônoma da estatal.

Depois dos ataques de Maia, que chegou a acusar Guardia de “irresponsabilidade” por sinalizar

com aumento de impostos para compensar as perdas com a crise, o time de comunicação da Fazenda venceu a queda de braço com a Secom do Planalto, que insistia em expor o ministro e poupar Temer da exposição pública. O presidente chegou a se ausentar de Brasília no pior dia da crise, para cumprir agenda irrelevante fora do Planalto, enquanto Eliseu Padilha, da Casa Civil, e o colega da Fazenda assumiram o comando da crise.

A equipe da Fazenda avalia que, tanto quanto possível, Guardia - um técnico que recém assumiu no lugar de Henrique Meirelles - deve ser poupado de situações em que seja exposto a perguntas de teor político e se restringir às questões da pasta, até para preservar sua autoridade no cargo, que é estratégico.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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