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Chanceler da China diz que bombardeio de Israel extrapola autodefesa

País assume presidência do Conselho de Segurança da ONU e deve defender solução 'de dois estados' para a estabilização da região

Christina Lemos|Christina Lemos e Christina Lemos


Míssil abre cratera em campo de refugiados de Jabalia, Gaza
Míssil abre cratera em campo de refugiados de Jabalia, Gaza STRINGER/REUTERS

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, declarou que os bombardeios de Israel à Faixa de Gaza “excedem os limites da autodefesa”. A China assume hoje a presidência do Conselho de Segurança da ONU e deve defender uma “solução de dois estados” para a estabilização política da região.

A gestão chinesa do organismo das Nações Unidas gera expectativa de aumento de pressão sobre Estados Unidos e aliados, que declaram apoio expresso a Israel, inclusive no direito à “autodefesa”. A China vem assumindo, no âmbito do Conselho de Segurança, posições alinhadas com a Rússia. As duas potências preconizam o imediato cessar-fogo.

As declarações de Wang Yi ocorrem no momento em que a escalada do confronto entre Israel e Hamas ameaça arrastar outras nações para o conflito e após o segundo bombardeio, em 24 horas, das forças de defesa israelenses a Jabalia, o mais populoso campo de refugiados de Gaza. As duas explosões seguidas causaram forte reação entre países da região e até de outros continentes.

A Arábia Saudita condenou o que chamou de “ataque desumano” das forças israelenses, enquanto a Turquia reiterou duras críticas à ação bélica de Israel, ocorrida em resposta aos ataques do Hamas, em 7 de outubro.

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A Jordânia, tradicional mediadora de conflitos na região e conhecida pelas posições moderadas, segundo a imprensa local, convocou para consultas seu embaixador em Tel Aviv, o que representa, na linguagem diplomática, abalo nas relações entre os dois países. Já o Egito posicionou tanques na fronteira entre o país e Gaza.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, após reunião com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, declarou que “a situação pode ficar fora de controle se a guerra não parar imediatamente”, e alertou Israel e Estados Unidos para as consequências.

Após o bombardeio mais recente em Jabalia, houve reações fortes também fora da região do conflito. O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, fez nova manifestação de apoio aos palestinos. Na América do Sul, a Colômbia anunciou a ruptura das relações com Israel.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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