De ônibus, brasileiros em Gaza tentarão cruzar 32 km para se salvar
Resgate via Egito de um grupo de 26 brasileiros que está sob bombardeio na Faixa de Gaza é operação considerada de alto risco pelas autoridades
Christina Lemos|Do R7
Em Gaza, é curta a distância que separa um grupo de brasileiros que tenta ser resgatado nas próximas horas da região conflagrada, sob intenso bombardeio, e sujeita a bloqueio total e risco iminente de invasão por terra por tropas de Israel. Apenas 32 km representam a liberdade e a chance de sobrevivência para 26 brasileiros, ao chegarem ao território egípcio.
A distância separa o centro de Gaza do posto de Rafah — único acesso à fronteira do Egito e única saída fora do bloqueio que separa o local do território israelense. Nesta terça-feira, quarto dia do conflito, no entanto, a fronteira com o Egito permanece fechada, e a Faixa de Gaza continua sob intenso bombardeio.
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Um ônibus, fretado pela diplomacia brasileira na Cisjordânia, está a postos para o transporte. A operação é complexa e depende do sinal verde de autoridades no Egito e na Cisjordânia e de eventuais contatos intermediados com lideranças do próprio Hamas — o grupo que controla a região. Por essa razão, apesar da curta distância a ser percorrida pelos 26 brasileiros cadastrados para repatriação, a operação é considerada a mais arriscada de todas, no mesmo dia em que pelo menos 220 brasileiros serão retirados de Tel Aviv por via aérea.
O resgate desses brasileiros em condições consideradas “dramáticas” é urgente, principalmente pelo risco de recrudescimento do conflito, com a iminente invasão por terra da Faixa de Gaza — etapa tida como certa no conflito que se desenrola entre Israel e o Hamas. O destino do grupo, uma vez alcançada a fronteira com o Egito, será o aeroporto do Cairo, onde receberá assistência da diplomacia brasileira para o retorno ao Brasil. Ainda não há previsão de pouso de aeronave militar brasileira no Egito para o transporte.
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O sistema antimíssil de Israel, chamado de Domo de Ferro, foi intensamente usado para impedir que as ofensivas do grupo terrorista Hamas atingissem alvos em território israelense. As imagens do funcionamento desse armamento são impressionantes pela precisão, mesmo diante do grande número de foguetes disparados pelo Hamas
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