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Europeus proíbem protestos e até bandeira por temor a atentados

Reino Unido veta bandeira da Palestina. França tem ataque à faca em escola. Alemanha teme onda antissemita

Christina Lemos|Do R7


O presidente da França, Emmanuel Macron: temor de convulsão social e ameaça de deportação de estrangeiros
O presidente da França, Emmanuel Macron: temor de convulsão social e ameaça de deportação de estrangeiros

Diante do agravamento da guerra entre Israel e o Hamas e da falta de interlocutores com autoridade internacional para mediar a suspensão imediata dos ataques, três das maiores potências europeias tentam se proteger da reação interna e adotam medidas inéditas de controle social. Um sinal emblemático foi a iniciativa do Reino Unido — conhecido pela tolerância cultural — de proibir a bandeira da OLP, Organização pela Libertação da Palestina, que passou a ser considerada ilegal, e tratar como crime qualquer ato de apoio ao Hamas.

A França, que anunciou na quinta (12) a proibição de manifestações públicas em favor da causa palestina em todo o território nacional pela primeira vez em sua história, enfrentou hoje um ataque à faca em uma escola que feriu gravemente um professor e um vigilante. O presidente Emmanuel Macron visitou a instituição e fez duro pronunciamento contra “a barbárie do terrorismo islâmico”. “A escolha é não ceder ao terror, para não deixar que nada nos divida”, declarou o dirigente francês. O ataque à escola é investigado pela polícia antiterror do país. 

A França tem gigantesca comunidade de cidadãos muçulmanos — estimada em 5 milhões de pessoas. Já os judeus em território francês seriam 500 mil — também um dos maiores contingentes da Europa. A situação de tensão social latente fez o governo ameaçar com "deportação imediata" estrangeiros que estimulassem atos antissemitas. Foram estimadas cem ocorrências do tipo, no país, desde sábado (7). 

Em meio a ameaças de morte até mesmo contra a presidente da Assembleia francesa, Yaël Braun-Pivet, Macron programou um pronunciamento na TV para a próxima quarta (18), quando deve apelar por união nacional contra o terrorismo e alertar para medidas repressivas do governo.

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Na Alemanha, as restrições a protestos pró-Palestina também avançam, e o chanceler Olaf Scholz declarou que adotará “tolerância zero” contra o antissemitismo — chaga histórica do país. Scholz chegou a prometer perante o Parlamento alemão que estrangeiros que celebraram, inclusive nas ruas de Berlim, os atos contra civis em Israel serão banidos do país.

A Suécia está entre os países que tentam manter a neutralidade e o não alinhamento automático pró-Israel capitaneado pelos Estados Unidos. Por isso mesmo, o país atraiu a ira do principal homem de comunicação do lado israelense. Jonathan Conricus, porta-voz das forças de defesa do país, voltou hoje a cobrar os suecos: “Os terroristas e os seus apoiadores aproveitam-se da Suécia por demasiado tempo”, declarou o militar.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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