Fusões de ministérios propostas por Bolsonaro causam reação de aliados
Confederação Nacional da Indústria se opõe a super ministério da Economia, que absorveria Indústria e Comércio. Blairo Maggi também é contra juntar Agricultura e Meio Ambiente
Christina Lemos|Do R7
![Robson Andrade, presidente da CNI](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/7WDMXWLCQZNT3JUSD6OAPU77VY.jpg?auth=f82d23beaa875eecbd8418afe37fb826562c0e680c1d12de9adb13e4059f2aca&width=230&height=344)
O candidato Jair Bolsonaro, que propõe reduzir a equipe de primeiro escalão dos atuais 29 ministérios para apenas 15, vem divulgando a intenção de extinguir e fundir pastas. Mas algumas das idéias de fusão vêm sendo rechaçadas até mesmo por apoiadores do candidato. A principal representante dos empresários do setor industrial, a CNI, assumiu hoje posição pública contra a fusão do ministério da Indústria e Comércio a um novo ministério da Economia, que reuniria Fazenda e Planejamento.
“A indústria não pode estar ligada a uma área que tem como prioridades o aumento de receitas e a redução de despesas”, declara o presidente da Confederação, Robson Andrade. “Quem vai defender as políticas industriais?” - pergunta o dirigente.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, se opõe à outra fusão alardeada pelo candidato do PSL: a de sua pasta com a de Meio-Ambiente. O ministro de Temer, que declara voto em Bolsonaro, disse neste domingo que a união dos dois ministérios é “inviável”. Para Maggi, esta idéia “é algo perigoso de fazer”. “Quando você fala em poços de petróleo em alto mar, você se pergunta: ‘é o Ibama que faz isso? É o CMBio? É preciso tomar muito cuidado”, afirmou.
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