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Governistas do Senado querem votação de arcabouço até 15 de junho

Ambiente conturbado por CPMI e divergências que envolvem atuação da Petrobrás na Amazônia preocupam

Christina Lemos|Do R7


Senador Davi Alcolumbre (União-AP): freio na pressa para a votação do projeto de Haddad
Senador Davi Alcolumbre (União-AP): freio na pressa para a votação do projeto de Haddad

Na semana da entrada no Senado do projeto do arcabouço fiscal, que fixa regras para o controle dos gastos públicos, o ambiente político na Casa vive seu momento mais tenso desde o início do mandato de Lula na Presidência. A chegada da proposta coincide com a instalação da CPMI do 8 de Janeiro, que investiga o ataque aos Três Poderes em reação à eleição do petista.

Os planos de ver o arcabouço votado até 15 de junho na Casa também esbarram no mau humor entre aliados importantes, motivado pelo bloqueio às atividades da Petrobras na foz do rio Amazonas. O senador Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá, aliado do Planalto e responsável pela indicação de ministros no governo, expressou forte insatisfação quanto ao veto à atividade de prospecção da petroleira — encarado como bloqueio à importante atividade econômica em benefício de seu estado.

Alcolumbre preside a Comissão de Constituição e Justiça e avisou que pode trabalhar para estender o tempo de tramitação do arcabouço fiscal e postergar a votação para julho — uma vez que o recesso parlamentar se inicia no dia 15 daquele mês. A estratégia dos governistas, apoiada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é abreviar a tramitação, saltar o longo procedimento por comissões e adotar o regime de urgência.

A instalação da CPMI do 8 de Janeiro implantou nesta quarta o já esperado ambiente de confronto entre governo e oposição, com reflexos nas relações internas na Casa, que sedia as apurações. Líderes de Lula trabalham por limitar o estrago e restabelecer o consenso em torno do texto do arcabouço aprovado pelos deputados, sob o argumento de que o projeto é de interesse nacional e já foi exaustivamente discutido.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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