Lula prepara desmembramento do Ministério do Desenvolvimento Social
Anúncio pode ocorrer nesta sexta-feira (1º) . Medida busca atender setores do centrão. Bolsa Família fica com PT
Christina Lemos|Do R7
![Wellington Dias deverá ficar com Bolsa Família](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/3DC2QEY745KJFK4ZF7JXOFLNRE.jpg?auth=49966e394e1d7f28779f0ab9e6271f5cd2adb2bbb3b41cb1aa3d195846a2ab23&width=1400&height=862)
O presidente Lula está convencido da necessidade de partilhar as ações sociais do governo federal com aliados de legendas do centrão, os quais deseja atrair para a base parlamentar do Planalto. A separação da gestão de convênios com ONGs, estados e prefeituras da pasta do Desenvolvimento Social, hoje sob o comando de Wellington Dias (PT-PI), é dada como certa, nesta quarta-feira.
Parte das mudanças, que já se consolida entre as cúpulas tanto do PT quanto do PP, de Arthur Lira, pode ser anunciada na sexta-feira (1º). O presidente levou cerca de dois meses para tornar palatável ao PT a ideia da partilha do poder na área social. Para isso, prometeu que a gestão do Bolsa Família, programa que é símbolo do partido, continuará sob o comando da legenda, provavelmente com Wellington Dias.
O acerto envolve amplas camadas do PP e leva opositores públicos do governo a já se anteciparem na divulgação da própria atuação na área social. Adversário de Dias no Piauí, o senador e ex-ministro Ciro Nogueira divulgou hoje a liberação de R$ 21 milhões em emendas para atender a ações de saúde em 97 municípios do estado.
O acerto entre o presidente e seu ministro prevê assegurar visibilidade a Wellington Dias, como atestado de prestígio do petista, garantidor de expressiva votação em favor de Lula no Piauí.
Após reunião nesta manhã, o presidente acertou sua ida ao estado para prestigiar, ao lado do ministro, o lançamento do Plano Brasil sem Fome, com a promessa de erradicação da pobreza no Brasil.
Os recursos “são fruto de emendas de bancada na modalidade de custeio”, explica o senador, que mantém postura pública de oposição ao governo. Como presidente do PP, o ex-ministro de Bolsonaro, no entanto, acompanha de perto os acertos entre Lula e o presidente da Câmara pela aproximação da legenda ao governo.
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