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Montagem de equipe tem mão forte de Alexandre de Moraes

Lewandowski ouviu ex-colega do Supremo para escolher promotor, e não sociólogo, para centralizar combate ao crime

Christina Lemos|Do R7


Ministro Alexandre de Moraes: opinião decisiva para escolha de Lewandowski.
Ministro Alexandre de Moraes: opinião decisiva para escolha de Lewandowski. Reprodução | RECORD

O futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, deseja sinalizar efetividade no combate à segunda principal reclamação do eleitor de Lula: a sensação generalizada de insegurança e o império do medo implantado por facções do crime organizado nas grandes cidades brasileiras. Para isso, ouviu o ex-colega de STF, Alexandre de Moraes, na escolha de Mário Luiz Sarrubbo para a a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.

O blog confirmou encontro reservado entre o promotor, o futuro titular da Justiça e o magistrado do STF, em que foram lançadas as balizas para o plano de enfrentamento à crise na segurança pública. Na conversa, ocorrida na semana passada, o atual Procurador Geral de Justiça de São Paulo mencionou parte de sua experiência, calcada no que batizou de “tríplice vertente”, para designar o enfrentamento ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e suas ramificações na corrupção a funcionários públicos.

A escolha de Sarrubbo, que confirma influência crescente de Alexandre de Moraes nas decisões do governo Lula relacionadas à Justiça, pretere nome preferido do PT para a função: o do sociólogo Benedito Mariano, atual secretário municipal de Segurança Pública de Diadema. A posse da equipe de Lewandowski no Ministério da Justiça deve ocorrer simultaneamente à do próprio ministro, prevista para primeiro de fevereiro.

A nomeação de Sarrubbo para a função de comando da Segurança Pública na esfera federal indica endurecimento do combate ao crime, em articulação com forças estaduais. Com 30 anos de atuação no ministério público, o atual procurador-geral de Justiça acompanhou, na área criminal, o desempenho do GAECO – Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado e foi indicado para o comando do MP pelo ex-governador de São Paulo, João Doria.

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A expectativa em torno da futura atuação de Sarrubbo no Ministério da Justiça é de reforço ao viés repressivo na Segurança Pública – o que também foi visto com ceticismo por setores à esquerda do meio jurídico. “Temos um sistema prisional com 850 mil pessoas, um dos maiores do mundo. Esse cara é mais do mesmo”, declara importante advogado do meio paulistano. 

O time de Lewandowski para o Ministério da Justiça vai tomando corpo e com perfil diferente do antecessor, Flávio Dino. Estão confirmados nas funções: Manoel Carlos Almeida Neto, como Secretário Executivo da pasta; Ana Maria Alvarenga, na Chefia de Gabinete do ministro; Mário Sarrubbo, na Secretaria Nacional de Segurança Pública. Wadih Damous deve permanecer no posto de Secretário Nacional do Consumidor.

Permanecem em aberto cargos-chave, como a Secretaria Nacional de Justiça, a de Políticas sobre Drogas, a de Políticas Penais, e a de Direitos Digitais.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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