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Teste da semana de 4 dias de trabalho mostra que empresas tiveram melhorias

Após três meses com a nova jornada em 21 empresas, maioria relata ganhos na execução de projetos e na criatividade

Conta em Dia|Ana VinhasOpens in new window

Semana de 4 dias de trabalho tem primeiro teste divulgado (Marcos Santos/USP Imagens)

O primeiro teste do projeto-piloto da semana de 4 dias no Brasil, que reduziu a carga horária de trabalho de 40 para 32 horas semanais sem alteração de salário, mostrou que a maioria das 21 empresas que participam da experiência registraram ganhos.

Após três meses de testes, a 4 Day Week Brazil, em parceria com a FGV e o Boston College, divulgou o primeiro levantamento, que revela avanços tanto para as empresas quanto para os colaboradores. Segundo os dados, 61,5% das companhias tiveram melhoria na execução de projetos, 58,5% registraram mais criatividade na realização das atividades e 44% melhoram a relação com gestores.

As companhias que se inscreveram no projeto-piloto para adotar o novo modelo de trabalho têm sede em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas e Porto Alegre. Já os segmentos são: saúde, jurídico, comunicação, tecnologia, alimentação e entretenimento.

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“Há muitas empresas que ainda se sentem desorientadas sobre o modelo de trabalho, se retornam ao presencial, se permanecem no híbrido, se a produtividade é resultado de mais horas trabalhadas, etc. Muitas ainda não sabem como conduzir os negócios neste novo cenário. Com o resultado desta pesquisa, acredito que terão um olhar mais focado no que realmente importa dentro do cenário corporativo”, explica Renata Rivetti, responsável por trazer a iniciativa para o Brasil.

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Para os colaboradores, as melhorias refletem na vida profissional e até mesmo fora do ambiente corporativo.

- 57,9% afirmam que conseguem conciliar melhor a vida pessoal e a profissional.

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- 78,1% aumentaram a disposição para momentos de lazer ou estar com a família e amigos.

- 50% reduziram os sintomas de insônia.

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- 62,7% relataram redução de estresse no trabalho.

- 64,9% não se sentem desgastados no final do dia.

- Outros 56,5% não estão frustrados como antigamente.

- 28,6% dos participantes não mudariam de emprego para trabalhar cinco dias por semana por salário nenhum.

O estudo mostrou ainda que houve redução de 49,3% no desgaste emocional e de 64,5% nos sintomas de exaustão.

Com relação à opinião dos colaboradores sobre o projeto, 44,4% consideram que a semana de 4 dias tem melhorado sua capacidade de cumprir prazos, 33,3% consideram que melhoraram sua capacidade de angariar clientes, 67% dizem que trabalhar um dia a menos reduziu sua ansiedade semanal.

Para os testes, o projeto contou com uma fase de planejamento e reorganização da prática de trabalho, coordenada pela 4 Day Week Brazil, em parceria com a 4 Day Week Global. O processo envolveu três meses de workshops, sessões de facilitação, mentoria e apoio de Renata Rivetti.

Para a conclusão deste primeiro relatório, durante o mês de abril foram coletadas 205 respostas, o que representa que 71% dos participantes responderam ao questionário.

Ao todo, 280 colaboradores com idades acima de entre 18 e acima de 50 anos participaram do projeto. Dentro deste número, 38,1% são homens e 59,3% mulheres. Já os modelos de trabalho em que atuam são 40,2% presencial, 34,4% remoto e 25,4% em modelo híbrido.

Os entrevistados da pesquisa são colaboradores de diferentes áreas das empresas, o que demonstra que a metodologia pode ser expandida e chegar a todos os departamentos, de companhias de diversos segmentos.

“Acredito que essas empresas estão dando um passo importantíssimo para revolucionar o mundo do trabalho, possibilitando mudanças na forma de trabalhar, se tornando mais produtiva e saudável. Está na hora de assumirmos que essa sociedade que não tem mais tempo para nada não é produtiva e está caminhando para o esgotamento. A semana de 4 dias traz mais produtividade, sustentabilidade humana e qualidade de vida”, conclui Rivetti.

Como funciona

“O projeto tem como finalidade dar um novo rumo à jornada de trabalho, proporcionando um cenário mais produtivo, com mais sustentabilidade humana para os colaboradores e, consequentemente, melhores resultados operacionais e financeiros para as empresas”, afirma a organização 4 Day Week Global.

A organização realiza estudos com empresas ao redor do mundo para experimentar a semana de trabalho de quatro dias. O objetivo é melhorar a produtividade, a satisfação dos funcionários e promover um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Testado em países como Reino Unido, Estados Unidos, Irlanda e Dinamarca, o projeto da semana de quatro dias teve resultados positivos, com aumento da produtividade e da receita das empresas, além de redução do estresse, da ansiedade e do burnout nos funcionários.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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