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Luiz Fara Monteiro
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Crise financeira faz Viva Air suspender operações na Colômbia

Companhia colombiana de baixo custo deixou milhares de viajantes retidos nos principais aeroportos, incluindo El Dorado, em Bogotá, e José María Córdova, em Medellín

Luiz Fara Monteiro|Do R7


Viva Air: operações suspensas na Colômbia
Viva Air: operações suspensas na Colômbia

A companhia aérea colombiana de baixo custo Viva Air suspendeu todas as operações no país e deixou milhares de viajantes retidos nos principais aeroportos, incluindo El Dorado, em Bogotá, e José María Córdova, em Medellín. Passageiros furiosos tentaram bloquear os portões de entrada da zona de segurança dentro do El Dorado, resultando em atrasos na partida de voos nacionais e internacionais.

Em nota oficial da companhia aérea, a Viva Air cita que uma “situação financeira crítica” obrigou os credores e a empresa de leasing da companhia aérea a devolver as aeronaves, após sete meses de atraso da Aeronáutica Civil do país para aprovar a fusão com a Avianca.

“O governo colombiano tem privilegiado os interesses das companhias aéreas administradas na Argentina, Chile, Panamá e Estados Unidos, sobre a própria Viva”, destaca o comunicado.

“Hoje, a Aeronáutica Civil emitiu uma comunicação reconhecendo os interesses de vários terceiros sobre o pedido urgente da Viva para permitir sua integração com um grupo maior e mais forte de companhias aéreas. Esta decisão sem precedentes resultará em mais atrasos e obriga a Viva Air a anunciar a suspensão de suas operações com efeito imediato”.

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A Viva Air devolveu sete Airbus A320 nas últimas semanas – um terço de sua frota – para aumentar a receita enquanto aguarda a aprovação da fusão com a Avianca. A companhia aérea de baixo custo também foi forçada a suspender rotas para destinos domésticos importantes, como San Andrés, Leticia, Cali e Cartagena.

Em nota divulgada pela Avianca, a maior transportadora do país reiterou “sua total disposição de buscar, junto ao Governo Nacional, alternativas viáveis ​​e urgentes que viabilizem cenários objetivos para fazer parte da solução”.

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A companhia aérea também alertou o governo do presidente Petro que o modelo de negócios de baixo custo na Colômbia está em risco, assim como “milhares de empregos, centenas de milhares de passagens aéreas, um mercado aeronáutico dinâmico e benefícios para as comunidades por meio direto e serviços indiretos relacionados”.

A suspensão das operações da Viva na Colômbia também põe em risco “a democratização do turismo, a perda de substanciais recursos públicos devido a dívidas de cerca de US$ 20 milhões que o Estado colombiano garantiu à Viva e, principalmente, a continuaçã da conectividade entre as regiões que veem na aviação uma esperança de desenvolvimento e bem-estar social”, afirma a empresa.

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Desde o início do pedido de fusão da Viva Air e da Avianca, o governo alegou que as duas companhias aéreas poderiam concentrar o mercado de baixo custo e prejudicar a concorrência das companhias aéreas de baixo custo que operam no país, entre elas a Wingo e a Ultra Air.

De acordo com os meios de comunicação, as dívidas da Viva Air somam COP$ 4 bilhões, ou US$ 830 milhões. A empresa tem 5.000 funcionários, mais da metade baseados na segunda maior cidade do país, Medellín. No início de fevereiro, a Viva Air iniciou um Processo de Recuperação de Empresas (PRE) dentro do status de proteção do decreto 560/2020. Com atrasos no processo de reestruturação e acesso ao capital com base na aprovação do governo à fusão, o CEO da companhia aérea, Félix Antelo, demitiu-se, informa o The City Paper Bogota.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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