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Entenda a taxa Selic e como ela é usada para barrar alta dos preços

Essa taxa de juros é importante para a vida de todos os brasileiros e mexe também com o crédito

O que é que eu faço Sophia|Sophia Camargo, do R7 e Sophia Camargo

Crédito é afetado pela alta da taxa
Crédito é afetado pela alta da taxa Crédito é afetado pela alta da taxa

A taxa Selic é a taxa de juros básica da economia brasileira, por isso afeta a todos, independentemente de você ganhar muito ou pouco dinheiro. Ela é o instrumento que o governo usa para controlar a inflação.

Essa taxa também é importante porque influencia todas as taxas de juros do país.

Ou seja, quem vai entrar no cheque especial, quem não vai conseguir pagar a fatura do cartão de crédito, quem vai pedir dinheiro emprestado ou quer financiar a compra de um carro ou uma casa tem que se preocupar bastante com a taxa Selic. E também quem está conseguindo economizar e quer investir um dinheirinho.

Como a inflação vem subindo sem trégua, o Banco Central tem recorrido ao aumento da taxa de juros para tentar pôr um freio no aumento de preços.

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Suponha que você tenha ficado sem dinheiro para pagar uns boletos. Quando vai pegar dinheiro emprestado, seja de um banco, seja de um amigo, você sabe que terá de pagar uma determinada taxa de juros.

Como a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, se ela sobe, todas as demais taxas cobradas para empréstimos sobem também, já que os bancos vão ter de pagar mais para pegar dinheiro emprestado e, por consequência, também vão cobrar mais de quem pedir empréstimo.

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Entenda os efeitos da taxa Selic em alta

No crédito:

Quando a taxa Selic sobe, a tendência é que os juros cobrados pelos bancos para emprestar dinheiro ao consumidor e às empresas também aumente, o que faz com que diminua a oferta de crédito.

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Nas aplicações financeiras:

O rendimento das aplicações de renda fixa, como poupança, Tesouro Selic, LCI, CDB e fundos de renda fixa, também aumenta. Ou seja, o investidor ganha mais dinheiro para cada real que põe nessas aplicações.

Como fica mais "fácil" ganhar dinheiro investindo em renda fixa, os investidores não precisam tomar tanto risco para ver seu capital crescer e, com isso, podem desestimular investimentos na economia real como as empresas, seja na criação delas, seja no investimento em ações de empresas que estão listadas na Bolsa de Valores.

No consumo:

Como o custo do dinheiro fica maior, a tendência é que as pessoas gastem menos em compras e serviços.

Na inflação:

Se o consumo diminui, isso pode ajudar a conter a inflação, já que as pessoas estão gastando menos.

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E quando a Selic cai?

No crédito:

Quando a taxa Selic cai, a tendência é que os juros cobrados pelos bancos para emprestar dinheiro ao consumidor e às empresas fique menor, o que faz com que pessoas e empresas busquem mais crédito para consumir e também para investir em máquinas, equipamentos e crescimento das empresas.

Nas aplicações financeiras:

O rendimento das aplicações de renda fixa fica menor, e o investidor passa a ter de tomar mais risco para remunerar mais seu capital. Com isso, pode acontecer uma procura maior por ações na Bolsa e também por investimentos mais arrojados, como fundos imobiliários e fundos multimercados, além de investimentos de renda fixa que tenham mais risco, como debêntures. Alguns também podem querer abrir os próprios empreendimentos.

Consumo:

Como fica mais barato pegar dinheiro emprestado e a rentabilidade dos investimentos é menor, há uma tendência de aumento do consumo.

Inflação:

Se o consumo aumentar demais, isso poderá fazer com que a inflação também suba.

A taxa Selic é apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O Banco Central explica que opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).

Fonte: Banco Central

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Tem alguma dúvida sobre economia, dinheiro, direitos e tudo o mais que mexe com o seu bolso? Envie suas perguntas para “O que é que eu faço, Sophia?" pelo email sophiacamargo@r7.com.

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